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A artista carioca Adriana Varejão expõe em Recife pela primeira vez

A mostra, inédita na capital pernambucana, promove a descentralização do acesso às obras da artista

Por Yara Guerra
Atualizado em 17 fev 2020, 16h01 - Publicado em 2 jul 2019, 14h42
Proposta para uma catequese – Parte II – Díptico Aparição e Relíquias (1993). (Eduardo Ortega/Divulgação)

Pela primeira vez, a artista visual Adriana Varejão terá um conjunto significativo de sua obra exposta no Recife. A mostra Adriana Varejão – Por uma retórica canibal foi exposta em Salvador entre abril e junho deste ano, e agora chega à capital pernambucana.

Com abertura no dia 28 de junho, às 19h, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), a exposição ficará em cartaz até 8 de setembro. 

Ruína de Charque, Porto (2002). (Jeff McLane/Divulgação)

Com curadoria de Luisa Duarte, a mostra é parte de um projeto de descentralização do acesso às obras da artista carioca. São 25 obras dos mais de 30 anos de sua trajetória, realizadas entre 1992 e 2018.

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“Desde os anos 1980, quando comecei a pintar e pesquisar sobre o barroco, tomei como referência várias igrejas do Recife”, conta Adriana.

“Algumas imagens sempre permaneceram dentro de mim e as carrego até hoje, como o altar da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, a azulejaria do Convento de Santo Antônio, ou mesmo o teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares. Todo esse repertório me ajudou a moldar minha linguagem”, diz ela.

Pérola Imperfeita (2009). (Jaime Acioli/Divulgação)

O recorte curatorial da exposição busca enfatizar como, muito antes dos estudos pós-coloniais estarem no centro do debate da arte contemporânea, Adriana Varejão já desenvolvia uma pesquisa cuja inflexão está centrada em uma revisão histórica do colonialismo.

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Na mostra, o ouro e os anjos (tão presentes em igrejas barrocas no Recife e em Salvador) saem de cena para dar espaço à carne e toda uma cultura marcada por uma miscigenação por vezes violenta.

Mar Egeu (2008). (Vicente de Mello/Divulgação)

Adriana Varejão – Por uma retórica canibal conecta o público com uma visita constante ao passado, que traz luz a histórias ocultas. A seleção de trabalhos revela, ainda, as influências que atravessa a obra da artista: do citado barroco a China, da azulejaria à iconografia da colonização, da história da arte à religiosa, do corpo à cerâmica e dos mapas à tatuagem.

Após Recife, a mostra segue em itinerância por outras cidades fora do eixo Rio-São Paulo.

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Adriana Varejão – Por uma retórica canibal

Quando?

De 29 de junho a 8 de setembro de 2019.

Horários:

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Terça a sexta, 12 às 18h.

Sábados e domingos, 13 às 17h

Onde?

Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães / MAMAM – Rua da Aurora, 265. Recife- PE.

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Quanto?

Gratuito

Mais informações: (81) 3355 6870

Classificação indicativa: Livre

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