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Solano Benítez é o 2º arquiteto confirmado do UIA 2020 RIO

Recursos simples e valorização da mão de obra são marcas do trabalho de Benítez, profissional que virá ao Brasil debater o futuro das cidades do mundo

Por Marianna Gualter
Atualizado em 17 fev 2020, 15h58 - Publicado em 30 jul 2019, 16h17
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Arquiteto paraguaio Solano Benítez (Mónica Matiuada/Reprodução/La Nación)

O arquiteto paraguaio Solano Benítez é o segundo grande nome confirmado no UIA 2020 RIO, o 27º Congresso Mundial de Arquitetos, que ocorrerá em julho do próximo ano, no Rio de Janeiro. O primeiro anunciado foi o burquinense Diébédo Francis Kéré.

Natural de Assunção, capital do Paraguai, Benítez acredita na valorização de materiais simples e da mão de obra. As habitações sustentáveis de baixo custo e alta qualidade são objetivo constante de seu estudo e trabalho, principalmente em áreas e comunidades carentes.

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El Gabinete de Arquitectura, projeto de Solano Benítez (Leonardo Finotti/Reprodução/ArchDaily)

Seguindo esta linha, os tijolos são considerados o grande marco de sua obra. Atualmente, o arquiteto também vem desenvolvendo projetos com materiais oriundos dos escombros de catástrofes e guerras.

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Casa Esmeraldina, projeto de Solano Benítez (Reprodução/Casa.com.br)

Sócio-fundador do escritório Gabinete de Arquitectura, o profissional paraguaio foi consagrado membro honorário do American Institute of Architects em 2012. Ao longo da carreira, Benítez conquistou respeitáveis prêmios internacionais, como o BSI Architectural Award (2008) e o Leão de Ouro (2016), na Bienal de Veneza – quando realizou um grande arco utilizando tijolos e barro, a estrutura chamou a atenção dos jurados pelo uso de materiais simples e a engenhosidade estrutural.

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Exposição “Breaking The Siege” do Gabinete de Arquitectura, premiada com o Leão de Ouro em Veneza, 2016 (Laurian Ghinitoiu/Reprodução/ArchDaily)

O arquiteto celebra o UIA 2020 RIO como uma “polifonia de vozes da arquitetura”. “Precisamos compreender que não somos operários de uma disciplina, e sim construtores de sociedades. O congresso é um modo importante de discutirmos propostas a níveis globais a partir do que está sendo desenvolvido local e regionalmente. São novas condições para quebrar desigualdades”, completa.

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Centro de Reabilitação Infantil da Teleton, projeto do Gabinete de Arquitectura (Federico Cairoli/Reprodução/ArchDaily)

Benítez destaca também a importância do evento ocorrer pela quarta vez na América Latina: “Há crises muito grandes acontecendo no mundo, e as hipóteses de superação não aparecem de países centrais. A América Latina vem tendo uma participação essencial no debate sobre a importância da arquitetura, então é um ótimo momento para que um encontro como esse aconteça no continente”, conclui.

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Unilever Paraguai, projeto do Gabinete de Arquitectura (Divulgação/Gabinete de Arquitectura/ArchDaily)

Inédito no Brasil, o UIA 2020 RIO pretende transformar a capital carioca em epicentro do debate sobre o futuro das cidades do mundo.

Sob o tema “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21”, o congresso também celebra o Rio de Janeiro como primeira cidade designada Capital Mundial da Arquitetura pela Unesco.

Direcionado para arquitetos, urbanistas, estudantes, pensadores da cidade, agentes públicos e demais interessados, o evento ocorrerá entre os dias 19 a 23 de julho de 2020, cerca de 15 mil pessoas são esperadas. O UIA 2020 RIO é promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA) e conta com a organização do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). As inscrições estão disponíveis no site oficial.

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(Divulgação/Casa.com.br)
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