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Organização formada por arquitetos de minorias toma partido contra racismo

A presidente da organização diz que a luta é para acabar “com o vírus mortal e generalizado chamado racismo que atormenta a América há mais de 4 séculos"

Por Kym Souza
4 jun 2020, 15h16

A Organização Nacional de Arquitetos Minoritários (NOMA, na sigla em inglês) apelou aos arquitetos para “condenar o racismo e assumir um papel ativo na erradicação de preconceitos raciais” após a morte de George Floyd sob custódia policial.

(NOMA/Casa.com.br)

A presidente da organização, Kimberly Dowdell, disse que “como organização, eles devem fazer mais” e que junto dos profissionais da área, devem ter um papel mais ativo na luta para acabar “com o vírus mortal e generalizado chamado racismo, que atormenta a América há mais de quatro séculos”.

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NOMA NW's Public Statement Regarding Racial Injustice Dear NOMA NW Chapter and Community At-Large, We believe it is crucial to reach out to you during this time of heightened civil unrest. With the recent killings of George Floyd in Minneapolis on May 25th, Breonna Taylor in Louisville on March 13th, and Ahmaud Arbery on February 23rd, communities of all ages, races, religions and sexual orientations have taken to the streets across the country — and world — to protest these injustices and call for social change. We are witnessing raw emotion fueled by centuries of oppression and injustice for people of color. For our diverse community of family, friends, students, colleagues and allies—we are here for you. As architects, we also contribute profoundly to the built environment. While our contributions are made possible largely in part by the clients we serve, we have a moral and ethical duty to serve the surrounding community. The built environment is one that can include, uplift, and inspire—or divide, oppress, and devastate. Too many times throughout this country's history, our government and city planners have chosen the latter. Because of this, it is incumbent upon us now to speak up in our privileged positions as the new generation of designers, architects, and urban planners. It is within these very platforms —combined with our sustained advocacy for fair housing and public policies—that we can help dismantle forms of discriminatory and inequitable housing practices against black and disenfranchised communities of color. In Solidarity, NOMA Northwest Chapter, Seattle WA #justiceforall #equality #equalrights #blm #unitedwestand #solidarity #humanrights #endracism #antiracism #wearebetterthanthis #georgefloyd #breonnataylor #ahmaudarbery

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A NOMA foi criada em Detroit, em 1971, por 12 arquitetos pretos, para combater os efeitos do racismo na profissão de arquiteto.

Em uma Declaração Pública sobre Injustiça Racial a organização se posicionou: “como arquitetos, somos profissionalmente responsáveis ​​por proteger a saúde, a segurança e o bem-estar do público. A trágica execução de negros americanos nas mãos de pessoas infectadas pelo racismo tem atormentado nossa nação por gerações”.

(NOMA/Casa.com.br)

A declaração promove ainda aos membros o NOMA for ALL, um acrônimo para Acesso, Liderança e Legado diversos, e pede cinco ações no BRAVE, que significa Banir o racismo; Estender (Reach) a mão para aqueles que estão sofrendo; Advogar pelos deserdados; Votar em todas as eleições americanas; e Envolver cada humano que encontrar como gostaria de estar envolvido.

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(Reprodução/)

Membros da indústria de arquitetura e do design têm se manifestado contra o racismo nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd, 46, em Minneapolis. Ontem, arquitetos e designers se uniram a mais de um milhão de pessoas em todo o mundo ao postar um quadrado preto no Instagram em solidariedade com os que protestavam pela igualdade racial.

Mas a luta vai além das redes sociais, é necessário ouvir, educar-se, tomar atitudes e, só então, haverá progresso.

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