Sustentável e premiada, esta casa só tem a aparência antiga
A construção reaproveitou matérias-primas do próprio terreno e reduziu em 50% as emissões de gás carbônico
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À primeira vista, esta casa pode parecer tão antiga quanto as que estão ao seu redor, na pequena Ayerbe, província de Huesca, nos Pireneus espanhóis. Na verdade, o projeto da arquiteta catalã Àngels Castellarnau, do Edra Arquitectura km0, tem apenas três anos.
O imóvel, sua atual residência, tem 80% do seu peso representado por taipa, palha e pedras da região, e foi inspirado nas antigas construções locais feitas de terra, seu objeto de pesquisa há mais de dez anos.
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“Procurei seguir a mesma orientação, morfologia e uso de materiais daqui com o intuito de resgatar técnicas sustentáveis que, desde o século passado, estavam desaparecendo”, conta Àngels, vencedora do Terra Award, prêmio internacional de arquitetura contemporânea com terra no qual ela concorreu com mais de 350 projetos do mundo todo.
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Além de valorizar a cultura na qual se insere, a morada de 276 metros quadrados destaca-se por ter reduzido em 50% as emissões de CO2 na análise de ciclo de vida graças ao intenso uso de matérias-primas naturais consideradas quilômetro zero (isto é, obtidas no próprio território), uma marca do escritório de Àngels.
Na lista, estão ainda cal, telhas, madeira e lã de ovelha, todas oriundas de um raio máximo de 150 km. “Acredito que materiais locais e pouco processados na indústria ajudam a reconectar o homem com a natureza e suas origens”, afirma Àngels.