Reforma ousada integrou e modernizou apartamento de 78 m²
Derrubar paredes e abrir mão de um quarto foi o início da jornada da ampla reforma. A obra deu trabalho, mas o espaço ficou perfeito para o gosto da família
Por Cristiane Teixeira
Atualizado em 9 set 2021, 11h01 - Publicado em 10 Maio 2018, 11h21
(Cacá Bratke/Divulgação)
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A festa de inauguração, para 30 pessoas, pôs à prova todas as escolhas feitas em parceria com o arquiteto Marcos Caldeira, do MM18 Arquitetura – e a reforma foi aprovada com louvor. “Nós gostamos de receber bastante gente e já fazíamos isso mesmo quando a sala era menor e a cozinha fechada”, conta a empresária de comunicação Lívia Pretti, de São Paulo.
–(Cacá Bratke/Divulgação)
Tornar o velho e desajeitado apartamento de 78 m² mais moderno e confortável para as reuniões entre amigos motivou a moça e o marido, o designer de games Said Wasiq, a encarar uma obra que deveria durar três meses, porém se alongou por outros seis. Sim, apenas depois de nove meses de quebradeira, visitas a lojas, muita refação e desgastantes discussões com prestadores de serviço, o casal finalmente viu seu apartamento transformado naquilo que planejara em cada detalhe, da remodelação da planta e integração de ambientes às firulas dos acabamentos.
–(Campoy Estúdio/Divulgação)
“Eles trouxeram várias ideias para o projeto e demonstraram um cuidado com o design que talvez não seja valorizado por um futuro proprietário”, diz Marcos Caldeira. “Mas eles estavam determinados a fazer tudo com o máximo capricho.” Tão determinados que nem o anúncio dos primeiros dissabores com o sonhado piso de madeira os fez recuar dos planos. “Como a cozinha é aberta, os clientes resolveram assentar o porcelanato no mesmo padrão espinha de peixe dos tacos da sala, o que nos obrigou a cortar as placas”, explica Marcos.
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Essa decisão, por si só, elevou a complexidade da colocação, mas ela aumentou exponencialmente quando o casal quis embutir peças de porcelanato entre as de sucupira. “A gente achou importante ter uns pingos de cinza em meio à madeira e esses pingos irem aumentando até tudo virar porcelanato”, conta Lívia.
–(Cacá Bratke/Divulgação)
O problema é que esses materiais têm espessuras diferentes. Por isso, foi necessário refazer a instalação algumas vezes até que os colocadores conseguissem calçar corretamente os trechos de porcelanato e nivelá-los com o restante, segundo a moradora. “Se soubéssemos que seria tão difícil, teríamos feito algo mais simples”, afirma.
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Transtornos à parte, a satisfação com o resultado é total. “Menos de um ano após a reforma, tivemos nossa primeira filha, a Sofie, e, logo depois, a Nina. Em poucos anos, este apartamento será pequeno para nossa família, mas ainda queremos aproveitá-lo muito antes de sair.”
Veja todas as fotos do projeto na galeria abaixo:
1/13 As vigas e os pilares (ao fundo, pintados de branco, e à esq., no concreto aparente) revelam os antigos limites da sala, agora maior e mais clara devido à incorporação da varanda e de parte de um quarto. Em caso de almoços ou jantares com amigos, o banco roxo deixa seu posto no estar para servir como assento à mesa. (Cacá Bratke/Divulgação)
2/13 A divisória de ambientes deu lugar a um balcão de concreto armado que reúne cooktop e um forno elétrico também com função de micro-ondas. Assim, a bancada da pia ficou totalmente livre e, sob ela, o único equipamento embutido no armário é uma lava-louça. (Cacá Bratke/Divulgação)
3/13 Durante a demolição, descobriu-se a parede de concreto original do imóvel, que foi apenas descascada e envernizada. Uma de suas extremidades recebeu o complemento de uma estante de MDF branco feita para delimitar o canto de refeições – quando há convidados, é só afastar a mesa para ganhar mais lugares. O Pendente Liquid Light Drop 2, da Next, se liga à rede elétrica aparente, na qual desponta um discreto spot direcional. (Cacá Bratke/Divulgação)
4/13 Sofie, 2 anos, é dona de um quarto concebido pelo pai, que desenhou a arara suspensa de ferro (Serralheria São Judas),o trocador e a ilustração da parede, pintada pelo amigo e grafiteiro Ronah Carraro. Logo, logo, o ambiente vai mudar para acolher a caçula Nina, hoje com 5 meses. (Cacá Bratke/Divulgação)
5/13 Duas faces de vidro temperado 8 mm e uma divisória interna do mesmo material juntaram-se a duas paredes existentes para configurar o banheiro do casal, este volume transparente plenamente visível a partir da cama próxima. (Cacá Bratke/Divulgação)
6/13 Um tablado de madeira com a altura de um degrau sustenta o colchão e oferece espaço de apoio nas laterais (na foto, à esq.). Os mesmos tacos de sucupira clareada se estendem pela cabeceira, decorada com objetos coloridos, e no restante do piso. (Cacá Bratke/Divulgação)
7/13 Os revestimentos aplicados dentro da caixa de vidro – cimento queimado cinza Mr. Cryl Advanced (Bricolagem Brasil) e pastilhas hexagonais pretas (Cerâmica Atlas) – evocam simplicidade e elegância, características reforçadas pela bacia suspensa CW762, da marca japonesa Toto, e pelo chuveiro Raindance E240 Air, da Hansgrohe. (Cacá Bratke/Divulgação)
8/13 O terceiro quarto e o corredor íntimo tiveram sua área redistribuída entre os outros dois dormitórios – agora dotados de portas de correr – e a sala, que também somou a varanda e uniu-se à cozinha (Campoy Estúdio/Divulgação)
9/13 Pia externa: Transferir a bancada para o quarto tornou o restante do banheiro da suíte mais espaçoso. O formato e o colorido do pendente Cabaça, de Bianca Barbato, fazem contraponto à cuba retilínea projetada por Marcos e produzida em Silestone (Polimarmore) no tom Kensho Leather. (Cacá Bratke/Divulgação)
10/13 Lívia adora cores, enquanto Said prefere a madeira – daí os armários que agregam nuances lavadas de cinza, creme e salmão a um padrão amadeirado, que esconde inclusive a lava-louça. Um móvel com garrafeiro e lixeiras embutidas, napassagem para a lavandeira, acrescentou o tom de chumbo proposto pelo arquiteto. (Cacá Bratke/Divulgação)
11/13 Com aparência de concreto, o porcelanato District HD GR (60 x 60 cm, da Portinari) foi cortado no formato 7 x 42 cm a fim de acompanhar na cozinha a colocação em espinha de peixe dos tacos de sucupira, que receberam clareamento (Cacá Bratke/Divulgação)
12/13 Para suavizar a transição entre os materiais, “tacos” de porcelanato foram salpicados entre os de madeira a partir da mesa de jantar. A diferença de espessura entre os materiais, porém, dificultou muito o assentamento. (Cacá Bratke/Divulgação)
13/13 Os cabideiros de parede (Maria Joaquina Marcenaria), em cores quase iguais às da marcenaria da cozinha, esbanjam charme e funcionalidade na companhia de um grande espelho. (Cacá Bratke/Divulgação)