Pura leveza: madeira e vidro estruturam casa na praia
Escondido numa porção de mata Atlântica no litoral de São Paulo, este refúgio de 153 m² assegura um convívio gentil entre os moradores
e a natureza ao redor
Por Deborah Apsan (visual) e Denise Gustavsen (texto)
Atualizado em 9 set 2021, 12h40 - Publicado em 2 ago 2017, 18h09
Deixada à vista, a estrutura de itaúba compõe um
desenho forte, evidenciado pelos generosos painéis de
vidro laminado (8 mm), que garantem muita luz natural
e a vista panorâmica da praia e das ilhas próximas.
(Divulgação/Eduardo Pozella)
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“Como uma mariposa que deseja ficar escondidinha na mata, a casa pousou delicadamente no terreno”, graceja Silvio Sant’Anna, autor deste projeto com Ana Vidal.
Feita de vidro e itaúba certifcada (Zanchet Madeiras), a casa se mistura ao verde intacto à sua volta. O traçado em curva da cobertura reforça a leveza do desenho Em balanço, a varanda emprega deck de ipê. (Divulgação/Eduardo Pozella)
Essa capacidade singular de mimetizar a vegetação e torná-la invisível a quem passa na rua vem da leveza dos materiais. Apesar de seus 153 metros quadrados, a morada pesa menos de 2 toneladas – o equivalente a 10% de uma construção similar de alvenaria.
Deixada à vista, a estrutura de itaúba compõe um desenho forte na morada. (Divulgação/Eduardo Pozella)
Os arquitetos investiram numa estrutura de madeira fechada por vidraças também para não sobrecarregar o lote íngreme e correr risco de deslizamentos. E cuidaram da preservação da mata nativa, a fim de deixar as raízes das árvores segurando o solo, o que também previne desmoronamentos.
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Os generosos painéis de vidro laminado (8 mm) garantem muita luz natural e a vista panorâmica da praia e das ilhas próximas. (Divulgação/Eduardo Pozella)
Por trás dessa conquista hábil do território estava o desejo de integrar a residência ao verde. Apoiada sobre 11 colunas, ela mal toca o chão e ocupa apenas um décimo da área total do lote, de 900 metros quadrados.
1/5 Integrada à sala, a cozinha fica isolada pelo balcão de itaúba, mesma madeira do piso, finalizado com resina fosca. Pendentes de aço (Osawa) preenchem o pé-direito de 4,90 m. (Divulgação/Eduardo Pozella)
2/5 Deste terraço nos fundos da casa, voltado para as pedras, avista-se o privilegiado pôr do sol. (Divulgação/Eduardo Pozella)
3/5 No corredor externo, uma cobertura de vidro laminado (8 mm) protege da chuva. (Divulgação/Eduardo Pozella)
4/5 No nível dos quartos, sob a varanda dos fundos, a área de relax oferece vista plena até em dias chuvosos. Ao manter a casa longe do solo, os arquitetos preservaram a madeira da umidade constante. (Divulgação/Eduardo Pozella)
5/5 Área: 153 m²; ano do projeto: 2007; conclusão da obra: 2010; projeto: Vidal & Sant’Anna Arquitetura; topografia: Odorico José Rodrigues; sondagem e fundação: Combase; estrutura: Carpinteria Estruturas de Madeira; construção: Joaquim Queiroz de Avelar. (Ilustração/Fabio Flaks)