4 propostas para requalificar o centro de São Paulo
Projetos vencedores do Reinventing Cities São Paulo propõem parque urbano, mirante e mais áreas verdes
A implantação de um novo parque urbano sob o Viaduto Santa Ifigênia e de um mirante na Avenida Senador Queirós, a ampliação de calçadas e reorganização do trânsito na Praça Alfredo Issa, o aumento de área verde na Praça Dr. João Mendes e uma nova Praça Clóvis Beviláqua para ocupação das pessoas. Essas são algumas das soluções urbanísticas apresentadas pelos vencedores do Concurso Internacional Reinventing Cities São Paulo para a requalificação de quatros espaços públicos no centro da cidade.
Os escritórios de arquitetura e urbanismo que terminaram a competição em primeiro lugar foram anunciados em 11 de novembro, durante cerimônia realizada no Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura. Além da premiação em dinheiro no valor de R$ 100 mil, eles serão contratados pela SP Urbanismo para realizar os projetos executivos de suas criações.
O Reinventing Cities São Paulo é uma iniciativa da SP Urbanismo e da Rede Global C40 Cities. As quatro áreas públicas alvo do concurso foram: Mercado Kinjo Yamato / Boulevard Prestes Maia (Área 1), Praça Alfredo Issa (Área 2), Praça Dr. João Mendes (Área 3) e Praça Clóvis Beviláqua (Área 4).
Todas elas estão localizadas em cruzamentos de grandes avenidas na região central e foram implantadas no início do século XX, época em que o planejamento urbano priorizava o tráfego de veículos. O objetivo da Prefeitura agora é transformar essas áreas, hoje subutilizadas, em espaços mais sustentáveis e convidativos à permanência das pessoas e ao uso de meios de transporte não poluentes.
Área 1 – Mercado Kinjo Yamato / Boulevard Prestes Maia
1º colocado: Tempo Arquitetos
A proposta busca a integração do Boulevard Prestes Maia à cidade por meio da reativação de seus limites norte e sul para a circulação de pessoas. Para isso, são propostos um novo parque urbano sob o Viaduto Santa Ifigênia, conectado ao Vale do Anhangabaú e com acessos nos dois sentidos da Avenida Prestes Maia, a substituição da passarela existente por uma nova faixa de pedestres e, por fim, a requalificação do mirante na Avenida Senador Queirós.
Por sua vez, a requalificação do entorno do Mercado Kinjo Yamato tem como premissa a reconquista do chão pelas pessoas, visto que hoje a área apresenta locais usados para estacionamento de automóveis e motocicletas e também para descarte irregular de lixo. O principal objetivo é facilitar a integração logística e turística entre o equipamento público e o Mercado Municipal de São Paulo.
Área 2 – Praça Alfredo Issa
1º colocado: Estúdio Útil Arquitetos Ltda.
Para valorizar o uso de transportes não poluentes no local, trazendo segurança, conforto e espaços adequados de circulação a pedestres e ciclistas, este projeto amplia e qualifica calçadas, ciclovias, praças, canteiros e jardins na Praça Alfredo Issa. A área para o tráfego dos veículos também é reorganizada por este estudo. O objetivo das medidas é reduzir a incidência de acidentes de trânsito no local, ampliar a permeabilidade do solo e fomentar a apropriação do espaço público por parte da população, considerando a existência de academia para a terceira idade e playground no local.
Área 3 – Praça Dr. João Mendes
1º colocado: MATTERIA ARQUITETURA LTDA
A proposta vencedora para a área tem como objetivo incentivar a mobilidade ativa e o uso do espaço público, além de valorizar os edifícios emblemáticos em seu entorno. A ampliação da área verde por todo o espaço é marca deste projeto, que visa a garantir um ambiente com menos poluição do ar e sonora. Já para propiciar conforto, segurança e praticidade a pedestres e ciclistas, a iniciativa propõe uma reorganização dos trajetos de travessia das vias.
Área 4 – Praça Clóvis Beviláqua
1º colocado: MAAT-Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo, Design – Serviços LTDA
Para o local é proposto um projeto de requalificação da praça atual baseado em três conceitos: “O Espaço e seus Limites”, “Fluxos e Movimentos” e “Acontecimentos”. Isso porque é previsto um espaço público não restritivo, aberto ao uso da população, planejado para a circulação das pessoas e que seja palco de atividades que acontecem naturalmente. Atualmente, o local é usado apenas para passagem e apresenta intenso fluxo de veículos.