Conheça a história de um casal de moradores que ama viver em uma das unidades do edifício mais conhecido de São Paulo
Por Melissa Depeyre, hostess e moradora do Copan
Atualizado em 9 set 2021, 14h00 - Publicado em 29 Maio 2016, 09h00
Projeto: Zemel+Chalabi Arquitetos
(Foto: Salvador Cordaro/)
Continua após publicidade
“Sempre quisemos viver no Copan. Eu e meu marido, Julien, gostamos da região, da arquitetura de Oscar Niemeyer e temos vários amigos que moram aqui. Antes de comprarmos este apartamento, de 141 m², conhecemos o arquiteto Eduardo Chalabi, sócio de Paula Zemel no escritório Zemel+Chalabi Arquitetos. Gostamos do trabalho dele, principalmente de como usa o concreto aparente, por isso deixamos a reforma nas suas mãos. Passei nosso orçamento e pedi apenas que o banheiro da suíte fosse preto, já que trabalho à noite e detesto claridade pela manhã. O arquiteto integrou todos os ambientes e, sabendo que gostamos muito de receber, reservou um quarto para hóspedes. A reforma durou cinco meses: o tempo exato de que precisávamos para entregar nossa antiga casa e nos mudarmos.”
1/6 O concreto mantido aparente é um dos destaques da reforma. (Foto: Salvador Cordaro)
2/6 Enquanto a cerâmica das áreas frias saiu de cena para a chegada do cimento queimado, o piso de tacos original dos demais ambientes foi mantido e restaurado. “Nas estruturas que surgiram com a derrubada das paredes, removemos o revestimento e expusemos o concreto”, conta o arquiteto Eduardo Chalabi, um dos responsáveis pelo projeto de reforma. O espaço do antigo corredor que ligava a sala à cozinha agora acomoda um balcão em estilo de bar, com tampo de granito são gabriel e acabamento de pastilhas de vidro (Colormix). (Foto: Salvador Cordaro)
3/6 Para manter a unidade do apartamento, o piso de cimento aplicado em requadros de 1 m² estendeu-se à área de serviço. Também aqui, parte das paredes teve a massa retirada e, como nas alas íntimas, assumiu o aspecto brutalista do concreto aparente. A área reservada aos equipamentos foi revestida com as mesmas pastilhas pretas do novo balcão. (Foto: Salvador Cordaro)
4/6 Como a dupla não leva uma rotina caseira, simplifcou-se esse ambiente. o balcão serve refeições, abriga a pia e, embaixo, ainda tem espaço para guardar a louça. (Foto: Salvador Cordaro)
5/6 Uma das principais alterações na planta foi a abertura do quarto para a parte da varanda que antes pertencia à lavanderia. Ao fazer isso, o arquiteto valorizou o elemento vazado, marca registrada do Copan, ao mesmo tempo que criou um espaço de estar agradável. Uma porta de correr de vidro protege o ambiente dos ventos nas noites (ou dias, quando é mais fácil encontrar ambos em casa) frias ou ruidosas e uma cortina blecaute preta é aliada importante nas ocasiões em que o casal precisa avançar o sono até a hora do almoço. A roupa de cama é da Tok & Stok. (Foto: Salvador Cordaro)
6/6 Uma das poucas exigências dos moradores era o banheiro principal preto. “esse foi o único local em que usamos as pastilhas também no piso”, conta eduardo Chalabi, para quem o grande desafo consistiu em equilibrar os elementos claros e escuros, como a bancada de mármore espírito santo e as pastilhas de vidro, iluminadas por lâmpadas incandescentes de 40 w, de modo a não tornar o espaço soturno ou opressivo. “nos demais cômodos, as paredes são brancas, o piso leva madeira clara e ampliamos a entrada de luz natural nos dois lados”, fala o arquiteto. (Foto: Salvador Cordaro)