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Casa privilegia área livre

Com traços limpos, esta residência flerta com o estilo minimalista. Seu maior feito? Equilibrar volumes marcantes e ambientes propícios ao lazer

Por Por Deborah Apsan (visual) e Izabel Duva Rapoport (texto)
Atualizado em 23 fev 2024, 18h05 - Publicado em 9 set 2016, 20h21

Ao mesmo tempo perto e longe do mar – a distância até a praia é de 400 metros –, a construção em Florianópolis propõe um jeito franco e despojado de relaxar em família ao integrar salas de estar, jantar, cozinha, terraço e até o jardim.

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Casa privilegia área livre
Amplos caixilhos de alumínio (feitos pela Lohn Esquadrias com os perfis reforçados da Linha Infinite) integram o piso térreo ao jardim, com área de convivência ao fundo. No andar superior, o ripado de freijó (com abertura do tipo sanfonada) protege o terraço da luz do Sol. (Evelyn Müller/Evelyn Müller)

“Havia um desejo especial dos proprietários de deixar a maior área livre possível e planejar ambientes sociais amplos e unidos também com a parte externa”, diz o arquiteto Giovani Bonetti, sócio do escritório MarchettiBonetti+, responsável pela edificação de 516 metros quadrados no norte da ilha catarinense.

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Sendo assim, os planos começaram pela implantação que dispõe a casa quase inteira numa das laterais do terreno, deixando apenas a grande varanda saliente no lado oposto, na forma de um L.

Casa privilegia área livre
Linhas retas caracterizam o projeto. (Evelyn Müller/Evelyn Müller)

“A proposta de justapor e conectar todos os espaços de convivência no térreo ainda eliminou a necessidade de um corredor ali”, conta o profissional, a respeito dessa medida que significou ganho na metragem útil.

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De intenção minimalista, o projeto demonstra leveza – tanto no plano vertical como no horizontal –, apesar dos volumes robustos, feitos de alvenaria e concreto. Basta notar a fachada da frente, onde o bloco do pavimento superior se apoia num par de pilotis longilíneos.

Casa privilegia área livre
O grande volume do alto é sustentado por pilotis redondos de 4,20 m de altura, que liberam um generoso vão embaixo (usado como garagem), tornando a casa verticalizada e proporcional. Essa solução foi adotada para ajustar a construção ao desnível natural do terreno. (Evelyn Müller/Evelyn Müller)

Além dessa referência à arquitetura moderna brasileira, a construção inclui outras, marca registrada dos trabalhos assinados pelo escritório de Giovani, muito conhecido na região.

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É assim que integram o conjunto as esquadrias de alumínio com brises de madeira ripada e o acabamento de massa cimentícia aplicado nas paredes de dentro e de fora, reverência ao concreto aparente. Tudo sem muito adorno, mas com destaque. “Nossa casa é bastante pragmática, simples”, afirma Alice, que vive há dois anos no endereço com o marido, Fernando, e os filhos, Laura e Felipe.

Casa privilegia área livre
Na ala social, privacidade e transparência são dosadas por meio de cortinas. O forro de gesso embute iluminação e ar-condicionado central. (Evelyn Müller/Evelyn Müller)

O casal de empresários se envolveu bastante na escolha dos acabamentos, sobretudo na compra do piso de canela de demolição presente em praticamente todos os ambientes.

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“Demoramos oito meses para juntar a quantidade necessária de material”, conta a moradora, que ainda destaca a sua paixão pessoal pelo jardim, elaborado especialmente pela amiga e arquiteta Juliana Castro, do JA8 Arquitetura e Paisagem. Sem pesar no visual nem em dimensionamentos desnecessários, a casa se traduz de forma sucinta, espaçosa e plena.

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