Casa integrada ao jardim e tem painel de azulejos de Alexandre Mancini
O arquiteto Rogério da Fonseca concebeu um projeto contemporâneo imponente, mas visualmente leve, totalmente integrado ao jardim
Localizada no bairro Bandeirantes, em Belo Horizonte, a uma quadra da Lagoa da Pampulha, esta casa de 793 m² foi projetada e construída do zero sobre um terreno de 1.000 m² pelo arquiteto Rogério da Fonseca, que também ajudou os clientes na escolha do terreno. “Por se tratar área tombada, levamos um ano e oito meses para conseguir aprovação junto à prefeitura, IPHAN e IEPHA, desde a compra do terreno até o início da obra”, acrescenta. O paisagismo é assinado por Flávia D’Urso Paisagismo.
Segundo o arquiteto, os clientes pediram uma área de jardim integrada à casa e uma cascata para ouvir o barulho da água, além de quatro suítes amplas . “Como o terreno era em aclive, removi a terra da metade para o fundo para deixar esta parte plana e nivelada com a área externa”, informa Rogério.
No geral, o projeto buscou criar uma casa contemporânea imponente, mas visualmente leve, totalmente integrada ao jardim e, para isso, o arquiteto não economizou em elementos naturais, como pedra, madeira e o verde da natureza. As portas-camarão de madeira ripada na fachada do segundo e terceiro pavimentos funcionam como brises que, além de oferecer privacidade aos moradores, ajudam a aplacar o sol escaldante na parte da tarde.
Já a grade da entrada – em trama geométrica feita com barra chata – tem função de muro e permite que os moradores vejam, sem obstáculos, os imponentes flamboyants na calçada da rua.
Seguindo a orientação solar, o melhor local para instalar a piscina, com maior incidência de sol, foi o fundo do terreno, entre a varanda da sala de jantar e o jardim formado por um “maciço” de palmeiras. A sauna fica integrada à piscina e junto ao banheiro da área de lazer, enquanto a área gourmet se integra à cozinha através de esquadrias de alumínio deslizantes.
O painel de azulejo, com 15x15cm, foi criado pelo artista Alexandre Mancini especialmente para esta casa, com a intenção de quebrar a rigidez da parede e, ao mesmo tempo, camuflar a porta pivotante que dá acesso ao banheiro da área social e à área de serviço de apoio.
Na decoração, também de estilo contemporâneo, é tudo novo e atemporal. Durante a construção da casa, o cliente foi percebendo que seria importante ter móveis à altura do investimento que estava fazendo na obra e passou a se interessar por peças modernas e atuais do design brasileiro.
Na sala de jantar, vale destacar a mesa Bank (de Jader Almeida) e as cadeiras Cantu (de Sergio Rodrigues), estofadas em couro mostarda. Na sala de estar, rouba a cena o sofá Copaíba (de Maurício Bonfim), a poltrona Mole e o banco Mocho (de Sergio Rodrigues), e a mesa de centro, o par de poltronas Celine, a luminária de piso Memory e as mesas de centro Twist (redondas), tudo do designer Jader Almeida. Outro destaque é a grande cristaleira iluminada que vai do piso ao teto, na área da cozinha.
Na área social com cozinha integrada, o arquiteto adotou uma paleta de cores naturais e sóbrias para compor a base das salas de estar e jantar, a exemplo do forro ripado do teto em madeira tauari, o piso em placas grandes de mármore branco extra, a parede atrás do sofá revestida em mármore Calacata e o tapete indiano de lã, num tom cru. E acrescentou alguns pontos de cor no mobiliário, como a poltrona Mole, estofada em couro verde oliva, e as cadeiras de jantar, em couro mostarda.
A cozinha tem piso em quartzito crema escovado e polido na bancada e ilha de cocção e os armários (da Kitchens) tem acabamento em laca na cor grafite para cria um clima mais intimista no espaço. “A intenção nesta casa foi sempre destacar o verde externo. Por isso, escolhemos tons mais sóbrios para a área interna ficar mais limpa”, resume Rogério.
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