Desfrutando de três níveis, a morada acompanha o aclive do lote de 202 m²
Por Por Cristiane Teixeira (texto) e Eliana Medina (visual) | Projeto Obra Arquitetos
Atualizado em 9 set 2021, 13h39 - Publicado em 5 jan 2017, 11h45
Foram duas as casas, ambas retas e de concreto, que interessaram o casal quando eles estavam sendo transferidos para São José dos Campos. A primeira, bem pequena e desenhada pelos arquitetos João Paulo Daolio e Thiago Natal Duarte, estava à venda em uma imobiliária, mas o negócio emperrou. A segunda pertencia a pessoas simpáticas que abriram a porta para estranhos e mostraram cada pedacinho de seu refúgio. Como não pretendiam se mudar, os donos ofereceram aos visitantes um terreno no mesmo condomínio. E elogiaram os jovens autores de sua casa, dois rapazes nascidos por lá, que tempos atrás migraram para São Paulo a fim de estudar e montar o escritório Obra Arquitetos. Eram novamente João Paulo e Thiago.
Os arquitetos animam-se ao contar como foram contratados para este projeto. Mostram as plantas e as maquetes produzidas em seis meses de planejamento e utilizadas ao longo de um ano de obra. “A gente acha importante conversar bastante para entender como as pessoas querem morar. Depois apresentamos tudo o que desenvolvemos e explicamos quais são as opções que os proprietários têm”, diz João Paulo, com o aval do sócio. “Neste caso específico, os clientes faziam muitas perguntas. Quando batiam o martelo, estava realmente decidido.”
À planta de 202 m², organizada em três patamares seguindo o aclive do lote, os moradores pediram o acréscimo de um spa – “um mimo para nós, que adoramos água”, conta a moça. Era o que faltava ao programa de necessidades enxuto, em que se destaca a agradável área integrada por cozinha, estar e jantar. A austeridade emprestada pelo concreto à estrutura é amenizada pelas grandes extensões envidraçadas, responsáveis por abrir a construção para o horizonte montanhoso e para o pátio interno ajardinado.