Do piso de tom marfm, restou apenas uma discreta silhueta. Agora oculto embaixo de várias camadas de azul, ele rejuvenesceu. “Em Paris, nos anos 70, era comum os jovens tingirem o chão de madeira dos imóveis recém-alugados de forma a disfarçar o desgaste. Além de dar cor, o truque fcava mais em conta do que recuperar o assoalho original”, conta Alain Brugier, fotógrafo francês radicado no Brasil e autor desta ideia, realizada no living de seu apartamento, em São Paulo. A falta de produtos específcos para esse fim não assustou Alain, que investiu no epóxi à base de água. “Ele é adequado ao uso em madeira, mas dê atenção extra ao lixamento, etapa fundamental para fornecer uma superfície livre de elementos que podem impedir a perfeita aderência da tinta e causar manchas e desplacamento”, conta José Humberto Souza, gerente de assistência técnica da Sherwin-Williams. Abaixo, quatro dicas para obter um resultado tão lindo quanto o da foto acima.
1. Preparo cuidadoso: antes de começar o trabalho, lixou-se o piso, eliminando verniz e cera acumulados. Com o revestimento natural cru, uma boa limpeza deu fim aos vestígios de pó.
2. Ajustes necessários: a pressão da lixadeira tirou alguns tacos do lugar. “Parafusei as peças frouxas no contrapiso e, assim, assegurei que não soltassem mais”, detalha Alain.
3. Cobertura garantida: até atingir a tonalidade desejada, foram seis demãos de tinta epóxi (Sherwin-Williams, Novacor epóxi base D’Água, ref. 21), aplicadas com rolo. O galão de 3,6 litros (rende entre 40 e 50 m²) tem preço médio de R$ 180. Outra alternativa é a Esmalcor, da Solventex, que vale R$ 58 o galão de 3,6 litros e cobre de 25 a 30 m².
4. Manutenção simples: bastam vassoura macia e um pano quase seco. Quem quiser voltar atrás, no entanto, precisará encarar outra rodada de lixamento – e, dependendo da espessura, o assoalho talvez não resista ao processo.