Quarto colorido de 11 m² tem atmosfera delicada
Tons neutros, amadeirados e terrosos foram aplicados no projeto
Um ambiente convidativo, organizado e com atmosfera delicada foi o resultado final do projeto do arquiteto Bruno Reis e a designer de interiores Helena Kallas, do escritório Mandril. Com pouco mais de 11 m², a dupla trabalhou com cores pastel em harmonia para garantir a modernidade e aconchego do espaço, neste quarto em São Paulo.
O ambiente tem espaço para guardar tudo e, ainda assim, exibir itens mais bonitos e de mais uso no dia a dia. Soluções de alto impacto decorativo, praticidade e soluções criativas, com custo acessível, fazem parte do projeto: “Para trazer aconchego e personalidade, colocamos lambris verde-claros que sobem a parede e invadem o teto, além de um painel estampado na cabeceira”, revela Bruno.
O aproveitamento da área é outro destaque por aqui. Móveis escolhidos a dedo e também desenhados sob medida, foram posicionados estrategicamente para garantir a melhor circulação e otimizar espaço. “O grande desafio que temos em relação aos quartos hoje em dia, com as plantas cada vez menores, é colocar a maior quantidade de armários sem deixá-los claustrofóbicos”, comenta o arquiteto.
Superfícies trazem volume
Os lambris verdes ocupam a parte superior da parede e avançam para o teto, dando unidade e destaque ao espaço da cama. São guarnições de 2,40 x 0,10 m, de poliestireno, distantes 1 cm, e fixadas com cola de polímero acrílico. Cada régua foi dividida com 1,58 metros na parede e 82 cm no teto. Depois de 12 horas, a composição foi pintada.
A estampa da cabeceira é obra do designer e artista Aloysio de Souza – uma plotagem feita em adesivo vinílico. Módulos fechados e abertos atendem à questão de sensação espacial. “A parede inteira com armários comprimiria o ambiente, então criamos o closet aberto”, diz Helena, que ainda usou um criado mudo para arrematar o conjunto.
Para baixar o desenho da estampa de cabeceira, clique aqui:
Combinando cores na medida certa
O mix de azul, rosa, verde e bege marca a decoração de quarto. Bruno explica como dosar todas elas e ainda assim garantir um visual leve: “É importante que elas estejam na mesma temperatura ou intensidade. Neste caso, são todas mais rebaixadas. Se esta paleta fosse em tonalidades vibrantes, não funcionaria para um quarto”.
Para aquecer o clima, tons terrosos e amadeirados foram usados: “O preto vem para deixar em evidência as estruturas das prateleiras e dar impacto”, revela Helena.
Para manter o equilíbrio com o coloridos, tons sóbrios foram aplicados. A parede que está aos pés da cama foi revestida com branco, preto e madeira. O móvel acima da TV, por sua vez, foi feito com prateleiras de marcenaria. A cadeira preta, evidencia ainda mais a diferença de tons. “Acho interessante ter uma cadeira no quarto como um apoio extra, seja para deixar uma roupa, uma bolsa ou calçar os sapatos”, aponta Bruno.
O piso acinzentado contrasta com os móveis amadeirados, mais quentes. “ Se ambos tivessem o mesmo tom, o clima ficaria monótono. O material foi escolhido pelo custo e por não fazer barulho quando andamos”, lista o arquiteto.
Layout estudado
“A cama foi o ponto de início para distribuir os demais móveis, calculando a melhor posição em relação à TV”, comenta Helena. Para área de circulação ao redor do leito, o mínimo recomendado é de 60 cm. “Mas 50 cm são aceitáveis, desde que se considere a abertura do armário – o vão livre deve ser 10 cm maior que a porta ou gaveta aberta”, ensina a profissional.
A cama recebe nichos estrutura para ganhar mais espaço. A cabeceira com baú tem o mesmo propósito. “É uma peça estreita, porém super funcional. Tanto que a usamos não só na posição convencional mas também embaixo da TV, formando uma espécie de rack”, justifica o arquiteto. Dentro delas cabem travesseiros, roupas de cama, toalhas, cobertores e muito mais.