Por dentro da sede roxa e inovadora do Nubank
O escritório tem cachorros, videogame, biblioteca e espaços inusitados para reuniões



O cartão roxo está de casa nova. O Nubank, empresa brasileira de cartão de crédito, ocupa um prédio inteiro em Pinheiros, São Paulo. O escritório tem cachorros, videogame, biblioteca e espaços inusitados para reuniões. Com mais de 414.000 pessoas na lista de espera, o número de funcionários não para de crescer – hoje são mais de 350. Por enquanto, nem todos os andares do prédio estão ocupados, já que a reforma está acontecendo aos poucos, acompanhando o crescimento da empresa.Veja nas fotos a sede do Nubank:

O primeiro escritório ficava na Rua Califórnia no Brooklin. Logo ficou pequeno demais e a equipe do Nubank, então com 33 pessoas, precisou se mudar para a Avenida Brigadeiro Luís Antônio em 2014, onde a capacidade máxima era de 110 pessoas. Pouco mais de um ano depois, a empresa já tinha mais de 300 funcionários. “As pessoas se acotovelavam nas mesas e as salas de reunião ficaram lotadas de gente trabalhando”, diz Cristina Junqueira, diretora e co-fundadora do Nubank. Em homenagem ao passado, duas das salas de reunião foram nomeadas de Califórnia e Brigadeiro.

A temperatura do ambiente de trabalho é um assunto sério no Nubank. Depois de cruzar dados de pesquisas, a empresa descobriu que 22,5° C é a temperatura média preferida entre os funcionários. Um colaborador menor aprendiz faz medições da temperatura de diversos ambientes, em vários momentos do dia. Ele insere os dados em uma planilha do Excel para se certificar que a temperatura se mantém a mesma.

Algumas salas de reunião são tudo menos tradicionais. Esta, recheada de pufes, tem paredes de fitas plásticas transparentes. É um espaço principalmente para reuniões de brainstorming, que costumam ser mais descontraídas. Tão descontraídas que essa sala recebeu o nome de Galhardo, um bar ao lado da sede anterior onde aconteciam diversas reuniões de trabalho.

Outro ambiente informal é esse espaço para reuniões e apresentações. Os sofás e plantas rodeiam o lugar, que fica tão agradável que muitos escolhem trabalhar aqui ao invés de nas suas mesas.


Os ambientes não são divididos por paredes, mas sim pela cor dos carpetes. Há três cores, cada uma com três tons diferentes, além da base cinza. O azul é para ambientes de trabalho. O verde indica que aquele é um espaço de descontração e o roxo aponta uma sala de reunião. O carpete é um dos itens mais caros do mobiliário: ele foi importado de um fornecedor que tinha as cores mais brilhantes e só foi instalado recentemente.

Cada time, chamado de “squad”, recebe um orçamento para decorar o espaço de trabalho do jeito que quiser. A equipe de métricas e ferramentas internas investiu em lanternas japonesas e um frigobar personalizado, que pode ser visto ao fundo.

Para personalizar o espaço de trabalho, a equipe de Recursos Humanos, chamada de People’s Operation ou POP’s, decidiu fazer uma brincadeirinha com a sua sigla. A sala é toda decorada com a temática de pop art e quadros feitos por ilustradores.

Assim como diversas empresas mais modernas, os diretores não têm salas separadas. Essa é a mesa de Cristina Junqueira, ao lado da equipe de comunicação e mídias sociais do Nubank.

Para estimular a criatividade, a equipe de comunicação muda de lugar a cada 15 dias. Bonecos, como minions ou personagens de jogos de videogame, são itens bastante comuns na decoração do escritório.

A sede tem diversas varandas como essa espalhadas pelos andares. Além de servir como um fumódromo, o ambiente também recebe as happy hours e outras comemorações.

Vídeo game, mesa de pebolim e de sinuca. Ao invés do tradicional cafezinho, é assim que os funcionários do Nubank relaxam durante o expediente. Até o feltro da mesa de sinuca foi feito sob encomenda – a cor precisava ser roxo, a mesma do cartão de crédito e cor tema da empresa.

Em contrapartida à sala de jogos, a biblioteca é o ambiente mais silencioso de todo o escritório. É um espaço para trabalhar de forma concentrada, sem a interferência dos ruídos inevitáveis de escritórios abertos. Uma vez que o Nubank acabou de se mudar, as prateleiras ainda estão vazias. Mas a ideia é formar uma biblioteca comunitária para trocas de livros.

O centro do prédio é vazado. Do espaço de café do térreo, é possível ver todos os andares. Na entrada para cada piso, foi grafitada uma imagem que remete à cultura da empresa. Aqui, estão números e fórmulas, que representam a programação por trás do cartão de crédito.
