Living de 68 m² é repleto de obras de arte baianas
Tons de cinza claro e areia e móveis curvos marcam o Origem, projeto de David Bastos para a CASACOR Rio 2023
O arquiteto David Bastos, do escritório DB Arquitetos, assina o living principal da CASACOR Rio 2023, um espaço generoso de 68 m² chamado de Origem por conta da presença significativa de obras de arte de artistas da Bahia, estado onde foi criado.
“Quando visitei a propriedade, o living foi o ambiente que mais me passou emoção”, conta ele. “Como a casa principal é tombada, conservamos a estrutura original para valorizar ainda mais sua história. Depois, aplicamos nas paredes uma textura que remete à areia de praia e tem tudo a ver com o Rio de Janeiro”, acrescenta.
O living foi projetado para acolher e conectar os hóspedes, mas sem parecer um lobby tradicional. Sua decoração segue o estilo contemporâneo e tira o máximo de partido da luz natural que invade o espaço através das janelas altas e imponentes.
As formas orgânicas dominam a cena por meio dos sofás, poltronas, mesas e bancos curvos e arredondados. Já a paleta de cores passeia por tons de cinza claro – presentes, sobretudo, nos estofamentos, tapete principal e móveis de mármore natural, com detalhes em bronze que acrescentam um toque de sofisticação ao conjunto.
As cores aparecem de forma pontual, com destaque para o tapete estreito alaranjado feito sob medida (que contorna uma parte do tapete principal), alguns poucos adornos, a tapeçaria anos 1970 do artista Carybé e a pintura original das portas e rodapés, em azul acinzentado, com detalhes rosados.
O design brasileiro também está bem representado no projeto: a mesa de centro em pedra leva a assinatura de Simone Coste, o móvel-bar é dos Irmãos Campana e as esculturas de papelão reciclado são criações de Domingos Tótora. Já a mesa de jantar e o banco esculpidos em granito e a mesa lateral de bronze foram desenhados pelo designer Lucas Recchia.
Outro ponto alto do projeto são as obras de arte de artistas brasileiros consagrados, especialmente baianos e mineiros, que contaram com a curadoria da Galeria Paulo Darzé. Destaque para as duas gravuras de Almandrade, a escultura em bronze patinado e a tapeçaria colorida de Carybé, a escultura em aço de Tunga (com 1,76 m, fixada na parede), a escultura em aço inox de Waltercio Caldas (Parábola Dois Pontos, com 3,3 m, também fixada na parede) e a fotografia Constantino de Fernando Torquato (em preto e branco).
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