Como será o espaço de trabalho do futuro
No futuro, o espaço de trabalho será colaborativo -- parecido com o escritório The Barbarian e sua supermesa arquitetônica
Não é tão difícil imaginar o ambiente em que nossos filhos e netos trabalharão — pelo menos não para a empresa de consultoria The Future Laboratory. Recentemente eles divulgaram um relatório chamado “The Future Workplace”, ou “O espaço de trabalho do futuro”, um texto que revela a evolução dos escritórios e o que empregadores precisam fazer para atender ao bem estar de seus funcionários.
Uma das grandes descobertas foi que, para atrair e manter bons funcionários, as companhias precisam apostar em um ambiente de trabalho colaborativo.
Foi isso que aconteceu com a The Barbarian, uma firma de marketing interativo de Nova York. Sua decoração deixou de ser pensada de acordo com hierarquia e separação de cubículos para focar na criação de uma comunidade com a base na colaboração. Como? Usando a superdesk (em tradução livre, supermesa).
Desenhada sob medida pelo escritório de arquitetura Clive Wilkinson, a superdesk é uma bancada de 100 metros, ocupando uma área de 408 metros quadrados, compartilhada por toda a equipe. A mesa é contínua, subindo e descendo por todo o escritório em um design ondulado — tornando-se parte da arquitetura ao contornar pilares e criar caminhos. Para suportar o peso do trabalho, ela é estruturada como uma caixa de ovos, com vários pequenos nichos.
Enquanto o tampo resinado compõe a bancada de trabalho, as ondulações, que revelam a madeira compensada da qual a superdesk é feita, formam corredores com estantes e bancos estofados para descanso.
Todos sentam juntos: dos estagiários até os diretores e fundadores da empresa.
Essa premissa é exatamente o que Florian Peter, oficial executivo-chefe da consultoria em inovação Mandalah Europe, destaca: “A geração de nossos pais trabalhou em organizações que possuíam alguns chefes diferentes e times funcionais para atividades distintas, como marketing ou finanças. Hoje, um novo modelo emergiu, com os funcionários se organizando entre si”.
A tendência é que as empresas criem alicerces em confiança e auto-organização — e a partir dela novas formas de trabalhar florescerão.
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