Caixa de marcenaria envolve área de estar e mimetiza portas em apê
O Studio Lak fez uma reforma da área social deste apartamento, composta de varanda, lavabo, sala de estar, jantar e íntima.
Um casal já morava neste amplo apartamento de frente para a Praia do Flamengo (com vista indevassável do Morro Pão-de-Açúcar), quando decidiu encomendar às arquitetas Gabriella Mello Alves, Carolina Lerner e Sabina Kalaoun, do Studio Lak, um projeto de reforma somente da área social, de 140 m², composta de varanda, lavabo, sala de estar, jantar e íntima.
“Na decoração, os clientes pediram para mesclar as peças mais modernas e clássicas dele com as peças mais arrojadas dela. Além disso, eles queriam uma sala espaçosa com telão que não parecesse uma sala de TV”, conta a arquiteta Carolina.
Sem alterar a planta original, as arquitetas projetaram, logo na entrada, uma marcenaria, tipo caixa, que mimetiza as portas de acesso à cozinha, lavabo e sala íntima, ao mesmo tempo que delimita visualmente uma pequena área de estar, com bar.
Já na sala principal, a “ilha” do sofá em L delimita, de um lado, o estar social e, do outro, uma área com telão embutido na marcenaria ripada que se estende por toda a parede, com um banco suspenso sob ela, de mesma largura.
De estilo eclético, a decoração é um mix de elementos clássicos, ícones do design moderno brasileiro e peças contemporâneas, “abraçados” pelo piso de tábuas corridas em madeira escura, marcenarias com acabamento em freijó natural e paredes predominantemente brancas.
Do acervo do casal, foram mantidos no projeto todas as obras de arte, a mesa de jantar, as cadeiras, o lustre, a poltrona Mole e as quatro poltronas Kilin (do Sergio Rodrigues), além do par de poltronas Slick (do Sergio Fahrer). O restante do mobiliário é novo. “Quando os clientes possuem peças icônicas de design, inevitavelmente acabam norteando a seleção dos móveis novos. Entre as peças adquiridas, também assinadas, destacamos as poltronas Diz, do Sergio Rodrigues, e Charles Eames”, informa a arquiteta Gabriella.
Segundo a arquiteta Sabina, o quadro do Burle Marx (em tons de azul e amarelo vibrantes) exposto na parede principal da sala, atrás do sofá, foi o ponto de partida para definir a paleta cromática do projeto. “Como os móveis já tinham cores neutras, usamos cores mais vibrantes nos tapetes, almofadas e alguns móveis soltos de pequeno porte. As cores aparecem também nas outras obras de arte que o casal já tinha”, diz ela.
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