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4 coisas que podemos aprender com a arquitetura da Grécia

A arquitetura clássica surgiu na Grécia e vive até os dias de hoje.

Por Jéssica Michellin
Atualizado em 15 dez 2016, 12h29 - Publicado em 7 jul 2015, 16h48

Quando o assunto é economia, a Grécia está mal: a dívida com o Fundo Monetário internacional (FMI) venceu e o país não tem como pagar. Os bancos foram fechados temporariamente e os gregos podem sacar até 60 euros por dia nos caixas eletrônicos. Se, no aspecto econômico, o país ainda tem muito para aprender; por outro lado, no aspecto cultural, ainda tem muito a ensinar. O país é considerado berço da cultura clássica e teve grande influência nos movimentos artísticos ao longo dos séculos. Na arquitetura, não poderia ter sido diferente. A civilização foi pioneira em fazer a separação entre as profissões de arquiteto, artesão e engenheiro e, de quebra, determinou alguns dos princípios utilizados nas construções da atualidade. “A arquitetura grega tem muito para nos ensinar como técnica”, explica a designer de interiores Adriana Scartaris. A seguir, selecionamos quatro princípios da arquitetura clássica grega aplicados até os dias de hoje por arquitetos de todo o mundo. Confira:

Rigor nas dimensões

Para que as construções gregas ficassem perfeitas, os cálculos deviam ser precisos, levando em conta harmonia e proporções do espaço. Um exemplo é o Parthenon, em Atenas, cujas colunas variam o tamanho para se ajustarem às perspectivas do observador.  “Se elas fossem apenas retas, ficariam distorcidas pela visão. Os gregos encontraram meios para compensar esta distorção e isso só é alcançado com forte rigor nas dimensões”, conta o designer de interiores Léo Di Caprio.

grecia parthenon

Uso de colunas

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O uso de pilares e vigas nas construções atuais foram inspirados nas colunas das construções da Grécia Antiga. Na época, as colunas marcavam uma era: jônica, dórica ou coríntia. “O portal de Brademburgo, na Alemanha, foi inspirado nas colunas neoclássicas”, explica a arquiteta e designer de interiores Érica Giacomelli.

grecia templo hefestion

Utilização do mármore

A Grécia é o terceiro país que mais fornece mármore para o Brasil, depois da Espanha e Itália. A classificação se deve um quesito geomorfológico: o país tem boa parte de sua extensão com solo rochoso e sedimentado. A abundância do material fez com que os gregos, na antiguidade, substituíssem a madeira de cedro pelo mármore. “Os gregos se tornaram experts em lapidação de rocha. Acrópole, Parthenon e diversos outros templos foram feitos com o mármore, que, além de trazer sofisticação para o espaço, tem alta durabilidade”, explica a a arquiteta e designer de interiores Érica Giacomelli. Hoje, o mármore aparece em aplicações menores, como mesas, lustres, dentre outros utensílios domésticos. Uma das designers que mais utiliza o material em seus trabalhos é a espanhola Patricia Urquiola

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grecia marmore

Proporções matematicamente precisas

Considerado por muitas pessoas como “o segredo do belo”, a proporção áurea aparece na natureza, nos corpos humanos e, também, na arquitetura. Na prática, o cálculo funciona da seguinte maneira: se vou desenhar uma mesa de centro cujo tampo em um dos lados quero com 1,20 m, divido esta medida pelo número áureo para definir a outra medida do tampo e tenho uma mesa de 1, 20  x 0,74 m. “Tais proporções, quando utilizadas na concepção de peças ou disposição de movelaria tornam o conjunto equilibrado e agradam imediatamente”, explica a designer de interiores Adriana Scartaris.

grecia acropole

 

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