O olhar está sempre em busca de zonas de conforto, de combinações harmônicas e bem dosadas que tragam bem-estar. Estes espaços são ótimos exemplos de como as cores podem conferir sensações nos espaços, sem necessariamente seguir à risca as cartelas cromáticas.
Paredes em rosa e laranja são uma composição impensável para muitos. Mas essas cores, da mesma família, podem funcionar em ambientes amplos como esta sala. Pensada pelas arquitetas Georgia Silveira e Tayná Gonçalves, de Goiás, a ambientação adota móveis discretos em madeira natural, como poltronas de Sergio Rodrigues, mesas de Mônica Cintra e cristaleira de Paulo Alves.
Rosa e laranja de novo! Para livrar a cozinha da monotonia, foi escolhido como ponto de partida o tampo em silestone naranja cool (Itaarte). A tonalidade forte também é aplicada na marcenaria. Já as pastilhas em vidro chegam no tom rosa, completando a paleta quente do projeto de Maicon Antoniolli.
O escritório desafia o conhecido círculo cromático e casa tons de uva, turquesa e magenta nas paredes, em cadeiras, mesas e em outros itens. O amarelo é chamado para a conversa em peças soltas e também pontua no tapete.
A parede cinza escuro é um curinga e foi adotada para contrastar com o painel de azulejos com desenhos em azul e amarelo, inspirados na obra de Athos Bulcão. A madeira no piso e no banquinho aquece a composição.
O conjunto de ladrilhos hidráulicos (Ladrilhar) sintetiza a cartela de cores do projeto, assinado pelo arquiteto Guilherme Ortenblad. Cinza, branco e terracota formam um efeito pixelado, que dialoga com a marcelaria planejada e mesmo os eletrodomésticos.
Amarelo e azul iluminam a casa-ateliê do artesão Oliver Thi, que pincelou com delicadeza cortinas, cadeiras e outros objetos. O piso e os móveis seguem tonalidades amadeiradas para aquecer.
Na Casa Cor São Paulo 2015, Brunete Fraccaroli lançou uma cor exclusiva, o Silestone Acqua Fraccaroli, by Cosentino. O tom percorre todo o ambiente e é citado em várias gradações nas paredes, no sofá e nas obras de arte.
A base neutra também requer alguns cuidados ao ser trabalhada, para não ficar uniforme demais. A graça está em variar as tonalidades e os tipos de materiais, intercalando superfícies cruas e polidas, como o porcelanado vitrificado e o vidro serigrafado nos armários. Como um toque de cor nunca é demais, os azulejos da parede formam um conjunto interessante e incorporam dois tons à composição. Projeto da arquiteta Consuelo Jorge.
Flávio Werneck e Glory Barreto assinam o ambiente, onde predomina a cor verde, que transmite serenidade e frescor. O suave tom de lilás propõe um diálogo harmônico e com ar retrô.
As cores primárias (azul, amarelo e vermelho) forneceram a paleta utilizada neste canto de leitura com projeto de Caio e Beatriz Andreazza. Paredes no tom Amarelo Pinoli (Suvinil), tapete roxo cobalto (Oca), cadeira vermelha e vidros de Murano em vários tons contracenam.
A sobreposição de tapetes realçou o sofá com modelo italiano e fez do estar um lugar ainda mais aconchegante. Uma das almofadas combina com a estampa do tapete dhurrie indiano, enquanto a azul e a laranja fazem uma correspondência menos óbvia com outros detalhes da decoração.
Chelsea Hing, designer de interiores australiana, fez prevalecer o branco e o cinza claro como base. Ela investiu no rosa e no azul em vários matizes, trabalhando com grafismos e padronagens.
O rosa que tinge o teto e a parede com pé-direito alto ganha a companhia do verde pálido e do mostarda na colcha da cama. O branco da mesinha lateral e da cortina cria um ponto de equilíbrio.
Cores quentes no quarto funcionam. Marrons, avermelhados, róseos e outras nuances compõem a cartela calorosa do projeto de Júlio Rosa, que também dosou texturas e peças que passeiam do antigo ao contemporâneo.