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Sobrado de 1913 reformado: janelões e linda escada foram preservados

Ao renovar este sobrado de 1913 no Humaitá, um jornalista e uma advogada contribuíram para preservar a identidade do bairro carioca

Por Reportagem Simone Raitzik (visual e texto) | Design Renata Rise | Fotos André Nazareth | Ilustração Fabio Flaks
Atualizado em 19 jan 2017, 15h48 - Publicado em 15 out 2012, 14h42
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Jovens e ainda sem flhos, o jornalista Leonardo Zanelli e a advogada Maria Carmen Sá sonhavamcom o lugar onde criariam sua família.  “Queríamos uma cobertura com terraço, mas sem pressa. Buscávamos uma oportunidade”, afrma ele. Depois de procurar por cerca de um ano, resolveram checar o discreto anúncio de uma casa no bairro Humaitá. Quando depararam com a fachada de estilo eclético, preservada e voltada para uma rua de paralelepípedos, sentiram uma simpatia instantânea. “O sobrado precisava de uma boa reforma, mas a perspectiva de viver ali era encantadora”, relembra Leonardo. A etapa seguinte, entre projeto e obra, contou com a assessoria dos arquitetos Arthur Falcão, João Duayer e Tiago Tavares. “O foco era manter tudo o que estivesse em bom estado, como o piso de pinho-de-riga, a escada e as esquadrias de madeira, traços preciosos de uma arquitetura do passado”, conta o morador.

Como este projeto foi desenvolvido

 

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No segundo piso, o casal pensava em fazer três cômodos independentes. Mas quando as paredes vieram abaixo a planta da área íntima foi revista. “Adoramos o plano aberto e resolvemos manter só a nossa suíte nos fundos, mais reservado. Na parte voltada para a rua, preferimos apostar na amplidão e fazer uma bancada com estante, que se tornou o escritório [veja na página ao lado]. É uma delícia passar a tarde ali”, conta Leonardo. Alguns imprevistos foram inevitáveis, como a necessidade de refazer todo o madeiramento do telhado, comprometido por cupins, e ainda trocar as instalações hidráulicas, desgastadas pelo tempo. “Sem dúvida, foi uma reforma pesada. Mas valeu a pena porque a base agora está pronta. Quando tivermos um flho, basta levantar uma parede de gesso acartonado e montar um segundo quarto, exclusivo para o pequeno”, planeja Maria Carmen. A história, ali, está só começando.

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