Imóveis-butique: apartamentos focados na beleza e no bem-estar

Por Redação
Atualizado em 16 fev 2024, 11h59 - Publicado em 15 out 2012, 19h35

O dinamismo rege o mercado imobiliário. Isso ocorre porque ele refete, de imediato, as necessidades dos diferentes públicos e está atento ao surgimento dos novos nichos. Na última década, por exemplo, satisfez a demanda pelos compactosfats, depois atendeu à farta procura pelos funcionais lofs e, em seguida, pelas luxuosas penthouses. “Agora, é a vez de casas e apartamentos aconchegantes, com boa insolação e ventilação, ou seja, que trazem bem-estar”, explica Alexandre Tirelli, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo (Sciesp). “Por isso, há uma grande procura pelos antigos e por aqueles projetados por arquitetos renomados.” Para qualifcar os corretores a atender a essa demanda, o sindicato tem oferecido cursos sobre a história e os principais elementos da arquitetura.

Como a paixão pela arquitetura define o novo comprador

A paixão pela arquitetura é um dos mais importantes componentes unifcadores do público que compõe esse segmento. “Tem pessoa que diz: ‘Quero comprar um imóvel do arquiteto Paulo Mendes da Rocha’”, conta José Eduardo Cazarin, proprietário da AXPE, primeira imobiliária do mercado a se especializar em atender esse tipo específco de cliente. Desapontados com os lançamentos atuais, que, para privilegiar um maior número de quartos, tornam os ambientes pequenos, eles procuram nos imóveis antigos o conforto dos espaços mais proporcionais em relação à planta. “São Paulo está repleta de imóveis do período modernista, que preenchem essa necessidade. As divisórias não têm função estrutural, apenas de vedação, o que possibilita mudanças no layout”, explica o arquiteto Diogo Chaguri. Foi o que aconteceu com a arquiteta Tatiana Falco ao comprar um apartamento dos anos 70 em Higienópolis, com a imobiliária Casas Bacanas. “Além de conseguir integrar os ambientes, ele é banhado de luz natural devido às janelas do piso ao teto, sem contar a beleza da madeira marchetada no chão.”

Perfil do novo cliente

Composto de pessoas entre 25 e 50 anos e das classes socias A e b. Gosta de morar principalmente nos bairros Pinheiros, Vila Madalena e Vila romana, na zona oeste de São Paulo; em Higienópolis, área central; e no Itaim bibi, região sul. Procurapor imóveis que custem a partir de r$ 350 mil e cheguem a r$ 6 milhões – e locação desde r$ 4 mil. o tamanho costuma variar de 40 a 500 m2.

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Como são as imobiliárias desse segmento

Com equipes enxutas, que chegam a ter apenas cinco ou seis corretores, as imobiliárias do segmento são formadas, muitas vezes, por arquitetos que se tornaram profssionais da área. “Temos também poucos imóveis, pois procuramos aqueles com algum diferencial”, explica Marcelo Montoro, dono da imobiliária que leva seu nome. “Podem ser os que integram área interna a externa, tenham uma vista bonita para o verde ou ainda tragam uma pequena varanda banhada de luz natural e permitam cultivar uma hortinha”, conta Monique Tonini, proprietária da Casas Bacanas, que vende seus imóveis pela rede social Facebook. “O comprador desse nicho não é seduzido pela arquitetura neoclássica, busca algo moderno, com design. E não tem nada a ver com o luxo dos materiais nobres, mas sim com boas soluções que trazem conforto”, explica Otávio Zarvos, proprietário da incorporadora Idea!Zarvos, que contrata arquitetos de renome, como Isay Weinfeld e Andrade Morettin, para projetar seus lançamentos.

Imobiliárias e incorporadoras

AXPE:

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Avenida 9 de Julho, 5017,

tel. (11) 3709-4343, São Paulo.

Casas bacanas:

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www.casasbacanas.com.

Graziella dos imóveis:

rua da Consolação, 3367,

tel. (11) 3016-5151, São Paulo.

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