A história começou há 45 anos, quando os pais da pequena Andrea Natal compraram uma fazenda para criar gado e cavalos na remota zona da serra fuminense conhecida como vale das Princesas.
Como o lucal se transformou nesse refúgio
“Era uma aventura chegar ali. Muitos e muitos quilômetros de estrada de terra esburacada. Em volta, uma paisagem parada no tempo, encantadora. Meu pai se entusiasmou e resolveu construir uma moradia no local: nossa casa de campo, aonde íamos todos os fns de semana”, lembra ela. Andrea cresceu, se formou em hotelaria, viajou o mundo, acabou voltando para o Rio de Janeiro e hoje trabalha como gerente-geral de um tradicional hotel. Mas a ligação com este pedaço de paraíso, o “rancho”, como gosta de chamar, nunca se perdeu. Um dia, apreciando o pôr do sol no platô próximo da casa de seus pais e incentivada pelo então namorado, decidiu erguer ali um refúgio do seu jeito: pequeno e aconchegante. “Já havia uma base desenhada com concreto na terra batida, feita por meu pai anos atrás. Pensei em retomála e seguir adiante”, conta. A arquiteta Renata Bartolomeu topou desenvolver o projeto privilegiando estética rústica, inserida no entorno. “Só usamos matérias-primas da região”, revela ela, que traduziu, em tijolo e cimento, o ar relaxantedeste vale perdido.