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Jardim segue princípios do feng shui para cultivar o bem-estar

Preceitos do feng shui aliados à intuição e à sensibilidade resultaram neste refúgio que resgata o equilíbrio original entre homem e natureza.

Por Texto Raphaela de Campos Mello | Fotos Célia Mari Weiss
Atualizado em 16 fev 2024, 11h58 - Publicado em 22 out 2012, 17h20
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Em meio à selva de pedra paulistana, um oásis abraça a família da chef de cozinha Jacqueline Nicolodi Barros. Nascida no interior de Santa Catarina, ela desembarcou em São Paulo uma década atrás e há um ano e meio saboreia as boas energias que circulam por esta casa localizada na Chácara Flora, na zona sul da cidade. “Por causa das minhas raízes interioranas, gosto muito de plantas,especialmente de jardins naturais, orgânicos”, diz a proprietária.

No dia a dia, ela retira da própria horta temperos, ervas e verduras empregados em suas receitas. “Meus filhos adoram colher ervas e, com elas, preparar chás”, conta orgulhosa. Eles também esperam, atentos e animados, a chegada das jabuticabas, a floração do ipê-amarelo, o desabrochar das rosas. Zelam pela flora que os rodeia. Nada disso é por acaso. Por trás do namoro com o refúgio de 200 m², há as mãosmágicas da paisagista e engenheira florestal Kátia Rodrigues de Almeida Secches, de São Paulo, há 20 anos estudiosa da dinâmica entre o espaço físico e a emoção humana. “Proponho jardins que buscam harmonizar o homem e o ambiente habitado por ele”, define a profissional. “As interações entre as formas, os volumes e as cores e as reações da alma diante dessas combinações são aspectos imprescindíveis do meu trabalho”, acrescenta. Devido ao desenho recortado do terreno, ela ativou seis casas temáticas do baguá – octógono que orienta a aplicação do feng shui. Mas não chegaria longe sem a cumplicidade dos moradores. Ela explica que, quanto maioro esclarecimento acerca das intenções e dos simbolismos projetados no ambiente, mais farta é a colheita de bem-estar, prosperidade, afeto, espiritualidade etc. “Quando temos consciência de que o espaço afeta nossa vida, a experiência vivida sacramenta-se em nosso interior.” E aí as transformações brotam de dentro para fora.

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