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London Design Festival: obra alerta sobre o futuro do plástico nos mares

Sam Jacob apresenta no festival londrino a Sea Things, a instalação que faz uma reflexão sobre a ameaça do lixo no ambiente marinho

Por Evelyn Nogueira
Atualizado em 17 fev 2020, 15h50 - Publicado em 16 set 2019, 14h38
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(Ed Reeve/Reprodução/Casa.com.br)

Pesquisadores apontam que em 2050 os oceanos terão mais plástico do que peixes se não mudarmos nossos hábitos de consumo e descarte. Pensando no futuro, não tão distante assim, Sam Jacob propõe uma releitura de uma famosa estampa têxtil de Eames, durante o Festival de Design de Londres.

A instalação Sea Things – coisas do mar, em tradução livre – faz uma reflexão sobre a ameaça do lixo no ambiente marinho, de forma lúdica e artística. O arquiteto usou imagens digitais, através dos gráficos de movimento, para criar uma animação no estilo de cartoon.

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(Ed Reeve/Reprodução/Casa.com.br)

A instalação está suspensa sob a cabeça dos visitantes, no Museu Victoria and Albert, em Londres. A obra tem o formato de uma caixa e lembra uma espécie de aquário.

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A obra apresenta formas de peixes e criaturas do mar, criadas por Charles and Ray Eames, em um dos têxteis achados na coleção do V&A. Jacob usou o formato original, mas acrescentou resíduos que podem ser encontrados nos mares, como garrafas plásticas.

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(Ed Reeve/Reprodução/Casa.com.br)

A animação atua como uma linha do tempo e começa em 1907, ano em que o Baquelite – o primeiro produto plástico comercializado – foi inventado. A obra acaba em 2050, ano que a Fundação Ellen MacArthur prevê que o número de plásticos será maior que o de peixes nos oceanos.

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“Os Eames trabalhavam em uma época muito otimista, onde o consumismo era algo relacionado a liberdade. Hoje em dia, trabalhamos em um contexto totalmente diferente. Nossa relação com a produção e a sustentabilidade é muito mais difícil e complexa. Por isso, recriamos o padrão Eames, a partir da perspectiva de mundo em 2019”, conta Jacob no tour guiado.

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(Ed Reeve/Reprodução/Casa.com.br)

A animação, reproduzida dentro do cubo de quatro metros, tem espelhos nas bordas, que criam a impressão de um panorama Um dos objetivos da obra é encorajar as pessoas a pensarem com mais cuidado sobre o consumo de produtos plásticos, e talvez mudar isso no futuro.

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A instalação ainda continua no andar de cima, local dedicado às cerâmicas, onde o arquiteto apresenta uma série com oito reservatórios de água, feito em novos materiais. Desta coleção, sete peças são uma reprodução de objetos já existentes no museu.

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(Ed Reeve/Reprodução/Casa.com.br)

Jacob usa plástico reciclado, bioplástico e até mesmo a própria cerâmica para recriar as peças. A oitava peça, feita em cerâmica, é uma releitura das garrafas plásticas e propõe uma reflexão: “o que faremos daqui para frente?”

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(Ed Reeve/Reprodução/Casa.com.br)

Sea Things é uma das instalações que compõe o Festival de Design de Londres, que ocorre entre os dias 14 e 22 de setembro. Outros famosos arquitetos, como Kengo Luma e Studio Micat, também assinam instalações pela cidade.

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