Com a assinatura do arquiteto genovês Renzo Piano, a California Academy of Science foi inaugurada em setembro no Golden Gate Park, em São Francisco. A estrutura, de quase 10 mil m2, abriga um aquário, o museu de História Natural, o planetário e um centro de referência para pesquisa e programas educacionais. Concebido para promover encontros e estimular a interatividade, o espaço segue princípios da arquitetura sustentável: o aço é reciclável, a energia vem, em grande parte, de painéis solares e o teto verde recebeu espécies nativas da Califórnia.
Foram quase dez anos de planejamento. Se antes a Academia de Ciências se dividia em 12 prédios, de diferentes estilos e construídos durante oito décadas, com o projeto de Renzo Piano tudo se juntou sob apenas um teto (verde). “É como se estivéssemos elevando um pedaço do parque e colocando um prédio embaixo”, explica o arquiteto, que liderou a empreitada junto com a empresa local Stantec Architecture. “É muito bom colaborar com um projeto que tem conceitos e objetivos tão interligados e coerentes. Pesquisamos e construímos sugestões de um estilo de vida mais comprometido com a preservação do planeta”, acrescenta ele.
O museu otimiza o uso de recursos, minimizando o impacto no entorno. Na lista de materiais utilizados, a preocupação com a sustentabilidade é evidente: painéis de vidro permitem abundância de transparências, que facilitam a fluidez da luz natural e a economia de energia. As colunas centrais, estruturais, são finas e cabos ajudam na sustentação. Pisos e paredes de concreto sem tratamento reforçam o tom natural dos revestimentos. “Em geral, prédios que abrigam museus são opacos e fechados. Mas estamos no meio de um parque e quis promover esse diálogo com o exterior, construindo um só ambiente”, reforça Piano.