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Perfil de Patrícia Anastassiadis: competência e talento

Determinada e sem medo de desafios, a bela Patrícia Anastassiadis comanda um dos maiores escritórios de arquitetura do país, com projetos aqui e no exterior.

Por Da redação
Atualizado em 20 dez 2016, 23h07 - Publicado em 29 nov 2011, 16h35
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Patrícia Anastassiadis cresceu entre tecidos, linhas e agulhas em uma confecção feminina, de propriedade de sua família, no bairro paulistano do Bom Retiro. A mãe, de origem judaica, é estilista, e o pai, grego, administrador de empresas. Até os 17 anos, pensou em se dedicar à moda, mas não havia ainda escolas de renome no Brasil. A opção pela arquitetura aconteceu por sugestão da mãe. “Ela me convenceu quando mencionou que grandes estilistas, como Pierre Cardin e Thierry Mugler, eram arquitetos e estavam sempre lidando com a estética e as proporções em suas coleções”, recorda-se. Entrou na faculdade Mackenzie e, aos 21 anos, já apaixonada pela profissão, montou

um escritório na varanda de casa. Seu primeiro projeto foi o restaurante Filomena. Era 1994. “Fui convidada pela Roberta Suplicy, que pretendia abrir o lugar com a ajuda dos pais. Quando eles souberam que eu era inexperiente, ficaram furiosos e a mãe mandou me chamar para uma conversa.

Apresentei meus desenhos e ela gostou, decidindo me dar aquela chance.” Com estilo provençal e painéis cenográficos, o local, comandado pelo estreante chef Alex Atala, se tornou um ponto de encontro de paulistanos descolados. “Eram 9 mil pessoas por mês no restaurante. Meu telefone tocava o tempo todo. A partir daí, nunca mais parei”, diz Patricia, batendo três vezes na madeira da mesa de seu escritório, instalado em um casarão de 500 m² da década de 1940, em Higienópolis – o terceiro endereço desde que se mudou com a prancheta da varanda da casa da mãe para uma sala de 30 m² na av. Angélica.

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O sucesso do Filomena levou Patricia ao encontro de Rafael Hasson, dono do banco Interfinance, que pretendia renovar o prédio da empresa. “Ele quis ver meu portfólio e eu expliquei que só tinha feito o restaurante e um apartamento de um casal”, lembra.

Surpreso com o fato e impressionado com a franqueza da jovem arquiteta, Rafael decidiu apostar no novo talento e deu a ela a incumbência de planejar o andar da presidência, com restaurante e salas de reunião. Depois disso, vieram outros bancos, restaurantes, escritórios, lojas e hotéis. Com 17 anos de carreira, Patricia lidera hoje, ao lado do irmão, o administrador de empresas Eudoxios, o escritório Anastassiadis Arquitetos, um dos maiores do país e com filial no Rio de Janeiro. Emprega uma equipe de 60 arquitetos, que se dividem em seis áreas: corporativa, comercial, empreendimentos imobiliários, hotelaria, produtos e residencial. “Eu me envolvo em todo o processo, da conceituação à implantação”, diz. Até outubro, somava 700 projetos assinados aqui e no exterior. “Comecei em Portugal, em 1996, fazendo restaurantes, mas já atuamos na Espanha, nos Estados Unidos, em Angola e recentemente no Chile.” O trabalho consome muito de sua energia, mas nem por isso ela se descuida da família, do filho Felipe, 15 anos, e das aulas de pilates, que pratica há 12 anos. Avessa às badalações, ressente-se da falta de tempo para outras atividades, como bordar, plantar e meditar. Adoraria também se dedicar a um trabalho social e revitalizar o centro de São Paulo. “Quero dar uma contribuição maior à cidade onde vivo”, afirma uma das arquitetas mais requisitadas do mercado imobiliário paulista.

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