Chique despojado
Filha de italianos, a chef Elisa Gorla aprendeu na infância que é na mesa que se celebra a vida. Os jantares na casa de seus pais sempre foram famosos entre os parentes e os amigos e ela fez questão de perpetuar a tradição quando formou a própria família. O mesmo carinho com que preparamos a comida, dedicamos à arrumação da mesa, diz ela, uma especialista em lasanhas. Quando o cardápio é simples e contempla apenas uma massa leve, a chef faz questão de sofisticar nos acessórios. Assim a comida está sempre em destaque, garante.
Estilo romântico Não gosto de nada coordenado, conta a chef Juliana Motter ao comentar suas escolhas na composição desta mesa. Dona do ateliê Maria Brigadeiro, especializado no doce, ela costuma comprar louças e copos de modelos diferentes para criar jogos variados. As peças de família também são bem-vindas a suas produções, como o prato branco, que serve de sousplat e pertenceu à avó, e a xícara floral de um jogo de casamento da mãe. Adoro misturar louças antigas com novas, reinventar o uso das peças e sobrepor estampas. Isso ajuda a dar um toque afetivo à mesa, afirma.
Tempero regional A pernambucana Adriana Barros sempre fez questão de divulgar a cultura de seu estado para os amigos que conquistou em São Paulo. Nos eventos preparados em sua casa, além de apresentar a gastronomia, regada a camarão na moranga, charque desfiado e bolo de rolo, ela se esmera em compor mesas com itens regionais, como cumbucas de ágata, rendas renascença e artesanato de Caruaru. Sai-se sempre tão bem nessa empreitada que abriu um restaurante regional em terras paulistanas, o Cordel. Nele, continua a surpreender com suas montagens originais. É uma cultura rica que deve ser valorizada, diz.