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Elizabeth Diller fala sobre o prédio do MIS carioca

Dos mesmos criadores do High Line Park, em Nova York, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro foi imaginado para ser um centro cultural aberto a todos

Por Texto Simone Raitzik
Atualizado em 19 jan 2017, 15h31 - Publicado em 14 out 2013, 22h00
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Assinado pelo escritório americano Diller Scofidio + Renfro, o projeto do Museu da Imagem e do Som, na praia de Copacabana, carrega ousadia estética e uma bela missão: a inclusão social. “O MIS quis herdar o DNA de Burle Marx numa escala vertical, replicando em seu espaço o convívio plural da rua”, diz Elizabeth Diller, em referência ao famoso calçadão com ondas estilizadas em mosaico português criado pelo paisagista brasileiro. “Nossa meta é usar a arquitetura como uma potente ferramenta para configurar espaços democráticos.” O museu deve abrir as portas em 2014. Durante o fórum Arq.Futuro, em setembro, no Rio de Janeiro, a arquiteta falou com exclusividade à A&C.

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Como chegaram à ideia tão inserida no contexto carioca?

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Por sermos estrangeiros, temos a vantagem do olhar crítico e pouco viciado. A arquitetura do MIS usa o cenário como inspiração: a orla, as montanhas e o calçadão. O prédio funciona como uma extensão da rua, que parece ter sido “esticada” para virar um museu. Esse bulevar vertical, como chamamos a passarela na fachada, convida a todos para as galerias e os espaços de lazer e de entretenimento.

Há influência da arquitetura modernista?

Mais da paisagem modernista. Pesquisamos muito a obra de Burle Marx, de espírito genuinamente brasileiro. Nosso projeto amplia a sua linguagem e a interpreta num novo contexto. O modernismo, particularmente no Brasil, foi considerado um estilo democrático, mas sua linguagem acabou sendo associada à elite. Nós buscamos aqui retomar esse espírito original, que nos interessa mais do que a sua forma estética.

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