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5 tendências de moradia aceleradas pela pandemia

Especialista fala sobre as mudanças no mercado imobiliário e o que esperar das pessoas no pós-pandemia

Por Yeska Coelho
Atualizado em 28 fev 2024, 18h51 - Publicado em 18 dez 2020, 06h00

Não há dúvidas sobre como a pandemia do novo coronavírus mudou diversos hábitos no mundo inteiro. Uso de máscara, álcool em gel, lavar as mãos com maior frequência, entre outras coisas fazem parte do que conhecemos hoje como o “novo normal”.

Na fachada, com Terracor Originale (ref. 744), está o painel de madeira com ...
(Divulgação/Casa.com.br)

E falando em tendências que vieram para ficar, no mercado imobiliário isso não poderia ser diferente. Para comentar sobre a situação, o CEO da Vila 11, Ricardo Laham, aponta as 5 principais mudanças já percebidas neste segmento.

1. Locação X compra de imóveis

Se antes mesmo da pandemia comprar um imóvel já não se encontrava mais com tanta frequência nos planos dos jovens, agora menos ainda. Segundo um levantamento do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas), 82% dos entrevistados que têm entre 16 e 24 anos não possuem interesse em financiar uma casa ou apartamento.

(Tom Ross/CicloVivo)

O levantamento ainda mostrou que entre outras faixas etárias esse comportamento se repete, já que 63% dos entrevistados admitem já morar de aluguel com contrato flexível ao invés de comprar um imóvel.

Para Ricardo, isso se justifica porque as pessoas não querem mais ficar “presas” a um lugar por muito tempo, mas ter a flexibilidade de mudança de acordo com a fase em que se encontram. “Seja para estar perto do trabalho atual, pela escolha dos filhos ou perto da família, as pessoas buscam um local adequado ao momento de vida dela, ao invés de adquirir uma dívida de décadas e residir no mesmo lugar a vida toda”, comenta.

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2. Localização

Outra informação importante que o Ipespe divulgou é que 57% das pessoas estão dispostas a se mudar se for para atender alguma necessidade – como trabalhar mais perto, estar mais próximo da família ou da instituição de ensino, atividades de lazer e amigos. No começo do ano, o número de pessoas que se dispunham a morar próximo ao local de trabalho era quase 20% menor.

“Em uma cidade grande qualquer deslocamento pode se tornar demorado e cansativo, sobretudo, pelo intenso tráfego de pessoas e automóveis. Este é um dos grandes problemas das metrópoles do mundo onde a rotina dos indivíduos se torna mais estressante pelo tempo que se perde no trânsito em detrimento dos momentos de lazer e do convívio social”, comenta Ricardo.

3. Atendimento digital

fazer compras pelo Instagram
(Oatawa/ThinkStock/Getty Images)

Resolver as pendências de maneira online se tornou um hábito que veio para ficar. Passando o máximo de tempo em isolamento, os brasileiros precisaram aprender – e as empresas a oferecer esse modelo flexível – a resolver suas pendências pela internet. Contratos online, sem necessidade de fiador ou caução e tours virtuais pelo imóvel reduzem a burocracia e gastos adicionais, oferecem agilidade no processo e facilitam a negociação.

4. Espaços internos

Se por um lado a pandemia forçou a aproximação entre as famílias, por outro também mostrou a importância de espaços individualizados – especialmente para quem está trabalhando no modelo home office. Ambientes tranquilos, sem muita incidência de barulhos de rua ou interrupções de qualquer natureza ganham notoriedade.

(reprodução/The Design Files)

Além disso, locais que oferecem mais praticidade na rotina ganham o coração, principalmente, entre os que moram sozinhos. Logo, espaços funcionais vem tirando de cena apartamentos que tem apenas tamanho.

5. Lazer e conveniência

Buscar no próprio prédio atividades de lazer e conveniência tem se mostrado também uma tendência, segundo Ricardo. Além do conforto do apartamento, as pessoas querem que o condomínio conte com áreas como academia, coworking equipado, Wi-Fi, piscina, etc. (Reprodução/Alexandre Oliveira/Casa.com.br)

 

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