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Tudo o que você precisa saber sobre cortinas

Selecionamos 20 perguntas de leitores já respondidas em casa.com.br e CASA CLAUDIA sobre cortinas. Confira a reunião.

Por Edição: Marcel Antonio
Atualizado em 21 dez 2016, 00h46 - Publicado em 1 mar 2016, 20h01
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1. Cortina ou persiana: qual escolher?

Na maioria das vezes, depende do gosto do morador. Salvo em situações nas quais a persiana é a mais indicada, como quando há pessoas muito alérgicas a poeira na casa, não existe uma norma. Grande parte dos profissionais, no entanto, declara que as cortinas têm o poder de imprimir uma atmosfera mais acolhedora e elegante aos projetos.

2. Quando usar trilho ou varão?

Indica-se o primeiro quando há um cortineiro, de gesso ou madeira, capaz de disfarçar sua presença. Existem casos em que o trilho, muito discreto, pode ficar aparente, mas, em geral, o suporte permanece oculto. Já o varão se mantém à vista, e costuma entrar em cena nos ambientes com forro que acompanha a inclinação do telhado ou se o desejo for torná-lo parte da ambientação. Versões mais chamativas, com ponteiras ornamentadas, estão em desuso.

3. Como calcular a quantidade de tecido?

Meça a largura da janela (2 m, por exemplo) e multiplique por dois: 2 x 2 = 4 Então tire a medida da altura (digamos que o pé-direito tenha 2,60 m) e some 60 cm, medida suficiente para a confecção da barra e do cabeçote: 2,60 + 0,60 = 3,20 Por fim, multiplique os resultados: 4 x 3,20 = 12,80 m A fórmula vale para um tecido com 1,40 m de largura. Caso ele tenha 3 m de largura, poderá ser usado na horizontal, o que dispensa emendas. A metragem necessária, nesse caso, cai pela metade.

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4. As cortinas devem ocupar apenas a janela ou a parede inteira?

A menos que exista algum obstáculo, como um aparador sob a abertura, elas ficarão mais elegantes se alcançarem o piso. Caso não seja possível, prefira um modelo romano ou uma persiana. “Cortinas curtas funcionam apenas em quartos de bebê”, avisa Paulo Rossi, da Interiores Confecções. Com relação à largura, não há regra. “Quando a esquadria é descentralizada, recomendo encobrir toda a parede para disfarçar a diferença entre os lados”, diz René.

5. Em ambientes com várias janelas, as cortinas devem ser todas iguais?

Recomenda-se padronizar. Se uma delas fica acima de um móvel, por exemplo, pode-se cobri-la com um modelo romano, mais curto, e usar cortinas longas nas demais. O resultado será mais harmônico se todas forem do mesmo tecido.

6. O que usar em banheiros e cozinhas?

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Melhor investir em persianas, de preferência metálicas, ou telas solares. Ambas são mais fáceis de limpar, detalhe fundamental em espaços expostos a gordura e umidade. Se a esquadria ficar fora do boxe ou longe do fogão, vale instalar uma cortina romana, mas de tecido sintético, que possa ser lavado frequentemente.

7. Quais as opções mais indicadas para pessoas alérgicas à poeira?

Independentemente do tecido escolhido, cortinas tendem a acumular pó. Por isso, especialistas indicam persianas de madeira ou alumínio para moradas de alérgicos. “Sua superfície não é porosa, o que torna simples a manutenção. Escova e aspirador bastam, ou pano úmido, em alguns casos”, diz Betty Rodrigues, diretora comercial da Uniflex Mateus Grou. Quem sofre com o problema, porém não abre mão de cortinas, pode confeccionar modelos de voal ou de outros tecidos 100% poliéster, que permitem lavagens constantes sem estragar.

8. E para abafar ruídos?

Nenhuma opção se revela totalmente eficaz, mas blecautes e cortinas grossas – de veludo, sarja de algodão, jeans e linho – podem ajudar bastante.

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9. Quais as pregas e os tecidos mais utilizados?

Além da wave, segue firme a prega americana – tanto na versão tradicional, com o franzido embaixo, quanto na invertida, com a costura no alto. “A prega macho também não sai de moda”, garante a designer de interiores Isabel Morellato, proprietária da La Belle Bergère, empresa do segmento. Na matéria-prima, destacam-se as tramas sintéticas, de linho ou gaze de linho com poliéster: a aparência imita a da fibra 100% natural, mas sem os inconvenientes de encolher e amassar.

10. Que opções são mais eficazes para barrar o excesso de sol?

Se o espaço sofre com claridade demasiada, a pedida é investir num forro – além de filtrar a luz, o recurso protegerá a trama. Caso queira escurecer completamente a área, compre um modelo blecaute, já sabendo que ele tem um ponto fraco: o visual plastificado. Há cerca de cinco anos, surgiram os chamados blecaute 70%, de aparência mais natural. Eles não vedam a janela completamente, mas podem, inclusive, tomar o lugar da cortina. Outras opções de forro são o tergal verão e a gabardine. Existe, ainda, a chance de combinar persianas ou telas solares a cortinas.

11. Que modelo de cortina é adequado para janelas duplas ou portas balcão, que abrem para fora e para dentro?

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 “O ideal é deixar 50 cm de varão a mais em cada lado. Assim consegue-se acomodar o tecido quando as portas estão abertas”, sugere Karin Killingsworth, da Arte Markante. “Rolôs, persianas e cortinas romanas são as opções para quem não dispõe de espaço nas laterais”, diz Lucia Dorsa, da Uniflex. O problema é que essas cortinas quase somem quando fechadas. A designer Marilda também costuma usar brises (cortinas fixadas diretamente nas folhas de vidro).

12. Ambientes visualmente integrados, como sala de jantar e estar, devem ter cortinas iguais?

 Nessa questão, os especialistas concordam que as peças precisam se repetir, senão causarão estranhamento. Mas a regra tem flexibilidade: quem não quiser cortinas idênticas opta por diferenças sutis. Uma possibilidade é usar o mesmo tecido em modelos diferentes. Por exemplo, um com pregas e outro sem. Luciene sugere um tecido liso e outro xadrez, com cores iguais, mas quem estiver inseguro não deve arriscar.

13. Quando usar forro? Qual sua função? Quais os tecidos mais indicados?

 O forro protege a cortina nos locais onde bate muito sol. “Os raios solares desgastam os tecidos. O forro garante a durabilidade e a beleza dos materiais mais sensíveis”, afirma Aline Cremonini, que assina o projeto abaixo – o forro é de xantungue misto, e a cortina, de organza de seda com bordados de algodão. Além disso, evita que as cortinas sujem rapidamente em lugares com muita poeira ou poluição. O tergal verão, o gabardine e o brim são os tecidos mais usados para essa função, porém há quem use blecautes e até persianas. Materiais sintéticos, como o voal, podem dispensar forros, mas a resistência diminui.

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14. Qual o tipo de tecido mais adequado: o de fibras sintéticas ou fibras naturais?

Depende. Quem privilegia a praticidade e a resistência escolhe tecidos sintéticos, como o voal: eles praticamente não estragam mesmo se a lavagem é feita em casa. Se você não abre mão dos naturais, atenção na hora da compra: observe sempre se são pré-encolhidos. Caso contrário, pode-se perder a cortina na primeira lavagem.

15. Cortinas longas devem arrastar no chão? Quantos centímetros devem sobrar?

Essa é uma decisão pessoal. Tecido sobrando suja, pode ser pisado e acaba rasgando. Além disso, toma espaço. A maioria opta por usar cortinas que tocam levemente o piso – “Beijando o chão”, como diz o designer de interiores Roberto Negrete. Quem quer um ambiente mais clássico, e até mesmo mais chique, deve deixar que o tecido arraste. São suficientes 2 cm a mais na altura. Segundo Ester, é possível ter até 5 cm de tecido sobrando. Na foto abaixo, a cortina de seda rústica indiana arrasta no piso. Tecido e execução da Formatex.

16. Em que situações é possível usar cortina curta, que não vai até o chão?

Na opinião unânime dos especialistas, cortina curta só em casos excepcionais “Quando há um móvel ou uma bancada embaixo, por exemplo. Isso acontece muito frequentemente nos quartos de bebê, em que os trocadores ficam logo abaixo da janela”, explica Ester. Mas, se esse não for o caso, as cortinas devem ser longas sempre. “É muito mais elegante”, diz a decoradora Renata de Angelis. Roberto Negrete também defende que a peça saia do teto: “É uma maneira de forçar a vista para cima, criando a sensação de pé-direito alto”.

17. Quando usar a cortina do tipo romana, que abre para cima, ou a persiana?

Se houver cadeiras ou mesas próximas da janela, esses modelos são os mais adequados, pois se limitam a fechar a abertura do vão. “Nesses casos, gosto muito de usar a cortina romana: o peso dela evita que fique voando em cima dos móveis, como os modelos tradicionais”, afirma Marilda Brandão. No projeto da arquiteta Cinthia Liberatori, fitas costuradas à cortina romana de linho (execução da Arte Markante) permitem amarrar a peça em diversas alturas, deixando à mostra um belo jardim. Os pingentes pendurados conferem um charme extra.

18. O que fazer com a caixa de persiana no lado interno do ambiente?

A regra é ocultá-la. Instalar um varão em volta da caixa é uma das soluções. Sueli sugere escondê-la com um bandô (estrutura de madeira envolvida por tecido) e então fixar um trilho na frente da caixa ou embaixo dela. Da máxima “se não puder vencê-la, junte-se a ela”, vem esta ideia de Negrete: “Faça prateleiras do tamanho da caixa nas laterais. A cortina sai por baixo da caixa. É um bom jeito de disfarçá-la e ainda ganhar espaço para objetos”.

19. Quanto tecido deve-se comprar para fazer uma cortina?

Há várias formas de calcular. A cortineira Marilei Boldrini sempre imagina uma janela-padrão de 2,50 m de largura. Para essa medida, se a cortina for pregueada, ela recomenda comprar quatro vezes a altura da cortina, acrescentando-se 50 cm a cada altura (10 cm para o cabeçote e 40 cm para a barra dupla). Uma cortina sem pregas pede três alturas – somadas aos 50 cm de cabeçote e barra. Outra equação é sugerida por Ester Schop, da Tutti Belli. Para um modelo de pregas, ela recomenda pegar uma vez a altura da cortina – com os 50 cm adicionais – e mais três vezes a largura da janela. Uma cortina mais leve precisa de apenas duas larguras.

20. O que fazer para que meu gato pare de arranhar tecidos e móveis?

“O que fazer para que meu gato pare de arranhar tecidos e móveis? Eles arranham para brincar, afiar as garras e se comunicar. Em vez de eliminar esse hábito, disponibilize locais, como arranhadores, em que ele possa exibir seu comportamento sem fazer estragos. Vale tornar a área que ele unha desagradável com fitas adesivas duplaface. Outro truque é espirrar água na cara do bichano na hora da ação. Se nada disso adiantar, coloque ao redor do sofá um fio de náilon amarrado a um objeto barulhento, como uma tampa de panela. Ele levará um pequeno susto sempre que atacar a peça e desistirá com o tempo. Para garantir a eficácia do processo, ofereça um arranhador e agrade-o quando estiver agindo certo. Há quem diga que o dono pode até arranhar um pouco para que o gato aprenda por observação”. Alexandre Rossi é zootecnista e etólogo (especialista em comportamento animal).

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