Tendências de tapetes para ficar de olho
Os tapetes são peças que fazem toda a diferença na decoração. Veja quais são os formatos e cores que estão em alta:

Eles saem do chão para roubar a cena. Em 2025, os tapetes ganham protagonismo nos projetos de interiores, deixando de ser apenas coadjuvantes da decoração para assumir um papel central na composição dos ambientes. Mas será que as formas orgânicas continuam em alta? E as texturas exuberantes, com paletas que transitam entre tons terrosos, vibrantes e naturais, ainda são tendência neste ano?

Para a arquiteta Elisa Maretti, o conforto visual e tátil é o novo luxo – e ele começa sob os nossos pés. “Cada vez mais surgem tapetes com recortes inesperados, mistura de materiais e combinações entre cores neutras e tons vibrantes que surpreendem”, afirma.

À frente de seu escritório homônimo, a profissional observa que o uso de tons e materiais naturais surge como um contraponto ao cansaço urbano. Peças mais refinadas e coloridas rompem com o cinza predominante das cidades e trazem leveza e personalidade aos interiores. Versátil, o tapete pode ser incorporado a praticamente todos os ambientes da casa, com variações de forma, cor e composição que se adaptam a diferentes estilos de decoração.
Formas orgânicas e tons terrosos ainda são tendência?

Segundo Elisa, essas características seguem em alta, mas com um olhar mais apurado. “É preciso saber onde e como usar, em vez de simplesmente aderir por estar na moda. Entender o contexto do ambiente, o estilo do morador e os elementos que compõem o espaço é essencial para escolher o tapete ideal”, analisa.
Ainda assim, defende o uso das formas orgânicas, que promovem leveza, e dos tons terrosos, que remetem ao natural e acolhedor.
Texturas marcantes
Mais do que apelo visual, os projetos contemporâneos buscam provocar experiências sensoriais. “Uma tendência forte é o uso do mesmo fio com cortes em diferentes alturas, criando texturas e desenhos sem mudar de material. É uma solução discreta, elegante e atual”, explica. Tapetes com relevos, tramas artesanais e contrastes de materiais tornam o ambiente não apenas visualmente interessante, mas também tátil.
Sustentabilidade em pauta
O impacto ambiental na escolha do tapete também está no radar. Elisa ressalta que a durabilidade é um fator preponderante, além da composição – com destaque para os materiais naturais ou reciclados.
“Existem marcas que utilizam fios de nylon feitos a partir de redes de pesca retiradas dos oceanos. Além de ecologicamente corretos, resultam em tapetes extremamente resistentes”, diz.
De acordo com a arquiteta, os modelos artesanais merecem ser valorizados: “Eles trazem autenticidade, história e conexão com o ‘feito à mão’”. Além disso, esse tipo de produção consome menos energia e gera menos resíduos, sendo uma excelente alternativa sustentável.
Como fugir do senso comum em 2025?

“O tapete pode (e deve!) surpreender”, ressalta Elisa. Para ela, formatos não convencionais, sobreposições, peças que invadem paredes ou avançam para outros ambientes são algumas formas pelas quais os tapetes vêm inovando. Apostar em propostas ousadas, que despertam os cinco sentidos e promovem uma atmosfera de aconchego e desconexão do mundo exterior, é um caminho promissor – e necessário – em tempos de excesso de estímulos.