Sofá antigo é reformado com tecido sustentável
Era um dia de trabalho como outro na vida da editora visual Zizi Carderari até ela avistar um sofá modelo chesterfield largado na rua.
Inconformada com o descaso com uma peça tão bacana, deixada sob uma árvore no bairro paulistano da Vila Madalena, Zizi não pensou duas vezes. Pedi ao motorista que o levasse para o estúdio do fotógrafo e fui atrás de um estofador para reformá-lo, conta. Ponto para ela, que tirou da rua um móvel em estado razoável e que certamente se degradaria até ser jogado em algum lixão se ali continuasse e o reciclou usando apenas dois recursos: um tecido novo e o trabalho de um bom profissional. Fim da história? Não, apenas o começo de outra. Para afiná-lo com os princípios da reciclagem, Zizi fez questão de revesti-lo com um tecido sustentável, um algodão produzido com retalhos da indústria de malharia de Blumenau, SC. À equipe do tapeceiro coube a reforma do estofado, que incluiu a troca das molas, das espumas e dos pés. Além disso, eles refizeram o delicado serviço do acabamento capitonê. Lindo e renovado, o sofá está preparado para continuar sua jornada, levando beleza e aconchego a uma nova moradia.
Quanto custou:
16 m de tecido Eurofios (à venda na Aladim) R$ 560,00
Mão de obra (Pérola Negra) R$ 1 800,00
Para remeter ao cenário onde o sofá foi encontrado, Zizi escolheu como pano de fundo um biombo Charles Eames (Artesian) com adesivos de Pedro Setúbal. Para produzir o tecido (tweed cáqui) que reveste o sofá, a Eurofios compra o descarte de mais de 2 mil confecções. Louças do Estúdio Manus e mesa de centro da Arterix.