Portas mimetizadas: em alta no décor
Entusiastas do recurso, as profissionais do escritório Corradi Mello Arquitetura trazem situações, dicas e inspirações de projetos com essas portas
Cada vez mais usado na arquitetura de interiores, o recurso conhecido como porta mimetizada que nada mais é do que ‘disfarçar’ uma passagem para deixar o ambiente com um visual mais atraente, ajudando também a passar uma sensação de amplitude.
Pode ser utilizada tanto em painéis, para dividir dois espaços, ou para dar continuidade em um móvel de marcenaria, por exemplo, seguindo o mesmo layout.
“As portas mimetizadas dão mais elegância e sofisticação ao espaço. São recursos que usamos com frequência e que os clientes têm solicitado, principalmente aqueles que são adeptos de um visual mais clean”, conta a arquiteta Camila Corradi, sócia do escritório Corradi Mello Arquitetura ao lado da designer de interiores Thatiana Mello.
Mas, antes de sair correndo para colocar na sua casa, as profissionais frisam a importância do acabamento e da escolha de fornecedores experientes na área, segredos para alcançar um mimetismo perfeito. A seguir, confira as dicas e explicações que elas elencaram!
Qual material escolher?
Existem várias formas para mimetizar uma porta, então, o material depende bastante do estilo de decoração proposto, bem como do gosto pessoal dos moradores. É possível criar um mimetismo aplicando tom sobre tom, onde a cor da parede do entorno também é empregada para revestir a porta.
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Mas essa constituição também permite a execução com vidro ou estrutura metálica. “Ainda assim, a madeira segue como nossa preferida, justamente por conseguir unificar o refinamento aos conceitos de organização e amplitude de um ambiente”, explica Thatiana Mello.
Instalação
A instalação é semelhante aos modelos tradicionais: para portas de correr, a presença de um trilho no teto e roldanas, permitindo que as folhas corram de um lado para o outro. Já em casos de portas de abrir, o segredo está nas dobradiças especiais, que acabam por onerar o curso dos modelos mimetizados.
“A diferença entre as duas formas é que, no caso das portas de abrir, elas ficam mais alinhadas com o restante do painel, ao contrário das corrediças, que demandam um vão um pouco maior”, detalha a arquiteta.
Puxadores
Colaborando para uma semelhança perfeita, a dupla de profissionais do Corradi Mello indica que os puxadores sejam no modelo cava, ou seja, embutidos no próprio material. É a melhor opção para os adeptos de um décor discreto protagonizado pelo projeto e a estética da porta, e não por seus adereços.
Praticidade e otimização de espaços
Além de contribuírem nas questões estéticas e decorativas, outra função importante das portas mimetizadas é a de integrar e cooperar na organização dos espaços. Entre as situações encontradas pelas especialistas nos projetos empreendidos pelo escritório, a arquiteta e a designer se depararam com intercorrências como quadros elétricos ou tubulações de ar-condicionado que precisavam ser camufladas.
“Em ambientes pequenos, elas também são muito funcionais, uma vez que conseguimos ocultar a porta quando precisarmos de mais área disponível”, finaliza a designer de interiores.