Casa de campo possui um chalé anexo de 24 m2 com ofurô

Moradores concretizaram a vontade de resgatar suas referências de infância, como o contato com o verde e um espaço gourmet tipicamente mineiro.

Por Por Daniela Hirsch (texto) e Deborah Apsan (visual) | Projeto Otta Albernaz Arquitetura | Fotos Salvador Cordaro
Atualizado em 19 jan 2017, 15h50 - Publicado em 25 Maio 2014, 18h33
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Há mais de 30 anos, Marco Antonio Nogueira e sua mãe saíram do interior de Minas Gerais e fixaram residência em São José dos Campos, a 97 km da capital paulista. Vindo de outro canto do estado de São Paulo, o cirurgião dentista Edemilson Malmonge fez a mesma opção. Lá, os três se conheceram. Adaptados à cidade que escolheram como lar, passaram a compartilhar um apartamento no centro.

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Mas, com o tempo, bateu a saudade. Saudade de estar mais perto da natureza, do verde…Como era quando viviam em sua terra natal. Foram, então, em busca de um sítio. “Visitamos um condomínio afastado e nos encantamos. Achamos o lugar ideal, com um bosque de pinheiros, e entendemos que poderíamos nos estabelecer ali”, diz Edemilson. A área de 1,4 mil m2 era perfeita para acomodar a casa que habitava o imaginário do trio quando este encontrou os arquitetos Tatiana Otta e Eduardo Albernaz, atuantes em São José dos Campos.“Queríamos ambientes banhados de muita iluminação natural, com vista para o jardim e amata, além de uma piscina. Na conversa com os profissionais sobre isso, percebemos que o estilo deles tinha tudo a ver com o nosso. Não deu outra: eles acertaram de cara a concepção do projeto!”, completa Edemilson alguns croquis ao longo da reportagem). A integração visual norteou todo o trabalho da dupla, que tirou proveito do aclive do terreno para posicionar as alas sociais, íntimas e, mais ao fundo, entre as árvores, um surpreendente e delicioso chalé, retiro de leitura e relaxamento.

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“Adotamos soluções que agilizaram a construção, como a estrutura metálica encomendada para sustentar o telhado, e permitem a comunicação constante entre os trechos externos e internos, a exemplo das portas de correr envidraçadas”, explica Tatiana. O concreto foi a escolha para vigas e pilares. Pintados de tinta acrílica fosca na cor preta, parecem molduras a enquadrar a paisagem. Afinal, de qualquer ambiente, a melhor obra a ser contemplada é a exuberância do verde, dono da maior parte do lote – a área construída ocupa só 25% dele.

Nos outros 75%, cada um achou seu pequeno paraíso. Edemilson gosta de receber os amigos nos fins de semana, com horas de papo perto da cozinha, integrada à sala e à piscina. O reduto eleito por Marco é o chalé, onde toma banhos de ofurô, passa o começo da noite entre livros e se permite apenas observar a mata nativa. Já dona Matilde se distrai com os cuidados dispensados à horta e às plantas. Cada um, com suas preferências, ocupa de maneira especial o cenário, preparado para reviver e compartilhar boas histórias.

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