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Slow morning como esse conceito de bem-estar se traduz na decoração

A “manhã lenta”, que tem adeptos como a modelo Gisele Bündchen, propõe instantes de calma, rotinas de bem-estar e alimentação natural.

Por Redação
22 Maio 2024, 13h00

Amanhecer cedo, preparar um bom café da manhã, vestir-se com conforto para um momento de meditação ou uma sessão de pilates, apreciar o silêncio e conectar-se à natureza. Este estilo de vida que desafia a agitação do cotidiano tem transformado as manhãs de muitos brasileiros que passaram a praticar o “slow morning”. A “manhã lenta”, em tradução literal, também conhecida como slow living, ganha adeptos famosos, como a supermodelo Gisele Bündchen, e propõe valorizar os instantes de calmaria, promovendo o bem-estar daqueles que escolhem priorizar apenas o que verdadeiramente importa.

Cozinha revestida com quartzito é destaque no apê da chef Carol Magalhães. Projeto de DB Arquitetos. Na foto, quarto branco, cortina, cama de casal.
Projeto de DB Arquitetos. (Carolina Lacaz/Divulgação)

Aos poucos, a prática de despertar com tranquilidade, sem pressa e priorizando a saúde está ultrapassando as referências minimalistas em vestuário e alimentação, passando a ser aplicada em projetos arquitetônicos e de design de interiores.

Projeto de NOP Arquitetura. Na foto, sala com sofá curvo verde.
Projeto de NOP Arquitetura. (Renata Freitas/Casa.com.br)

“A harmonia com a natureza e a preferência por atividades ao ar livre estão revelando uma maneira de viver bem”, conta a arquiteta da A.Yoshii em Campinas, Lorena dos Santos. O conceito de slow living se traduz na simplificação e na valorização do artesanato e produtos exclusivos. A proposta é dar prioridade a itens de qualidade e duráveis, escolhendo o essencial. “Esse movimento visa criar ambientes acolhedores e simples”, ela acrescenta.

Espelho atrás do sofá amplia apê de 70 m² com paleta de cores clara. Projeto de FPR Studio. Na foto, sala de jantar pequena, luminária, cadeira com encosto de palhinha.
Projeto de FPR Studio. (Denilson Machado, MCA Estúdio/Divulgação)

Espaços amplos que integram a sala, a cozinha e o espaço gourmet, janelas que oferecem vistas de 360 graus do ambiente externo, além de muita luz e ventilação natural, estão entre as características arquitetônicas que harmonizam com o estilo slow morning. “A ideia é utilizar materiais naturais, feitos de forma sustentável e que carreguem alguma história. O ambiente deve refletir e representar as pessoas que nele vivem”, detalha Lorena.

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Slow morning como esse conceito de bem-estar se traduz na decoração. Na foto, área gourmet, jardim vertical.
(A.Yoshii/Divulgação)

É possível criar um ambiente de calmaria em meio à agitação da vida urbana. Em Campinas, os empreendimentos Le Rêve e Prestige, da A.Yoshii , localizados no Cambuí, são exemplos dessa tendência. Com localização privilegiada, em uma região repleta de árvores, esses edifícios foram projetados para harmonizar-se com o entorno.

Slow morning como esse conceito de bem-estar se traduz na decoração. Na foto, projeto de paisagismo.
A.Yoshii revitalizou a Praça dos Alecrins. O local ganhou novos bancos, reforma das calçadas, melhorias na iluminação e academia ao ar livre. (A.Yoshii/Divulgação)

“Com o objetivo de promover o bem-estar dos moradores e enriquecer o bairro, a construtora revitalizou a Praça dos Municípios, também conhecida como Praça dos Alecrins. O local ganhou novos bancos, reforma das calçadas, melhorias na iluminação, nova pintura, academia ao ar livre e projeto de paisagismo”, conta. Essa ação foi autorizada pela Prefeitura Municipal de Campinas (SP), que tem firmado parcerias com a iniciativa privada para recuperar áreas urbanas.

Sala de banho com banheira solta e poltrona baixa.
(MCA Estúdio/CASACOR)

Nos empreendimentos, o conceito se traduz em áreas para prática de exercícios, incluindo pilates, yoga, crossfit, salas de massagem, entre outros. “Os projetos da construtora contam com espaços dedicados à prática de atividades físicas também em áreas externas, facilitando essa conexão com o ambiente e a natureza. Procuramos criar um autêntico refúgio de tranquilidade no meio urbano”, ressalta.

Slow morning na decoração

Apê térreo de 45 m² ganha cara de casa de praia com área externa integrada. Projeto de Casa Tauari. Na foto, quarto com penteadeira, espelho em formato orgânico, abajur branco.
Projeto de Casa Tauari. (Lilia Mendel/Divulgação)

Em soluções de design de interiores, dá-se preferência a cores claras e monocromáticas. “No Evidence, empreendimento localizado na Nova Campinas, optamos por uma decoração neutra complementada por acessórios minimalistas. O movimento slow morning contrapõe-se aos excessos do consumismo e ao caos da vida moderna. Buscamos fomentar um ambiente que transmita harmonia, amplitude, paz e aconchego para os moradores”, observa Lorena.

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Nichos na parede com cerâmicas e outros objetos de artesanato.
Projeto de Isabela Nallon para CASACOR São Paulo 2023. (Rafael Renzo/CASACOR)

Os ambientes, embora amplos, pedem recursos minimalistas. “Essa tendência valoriza muito a qualidade de vida, o que se reflete nas escolhas para a decoração, em que menos é mais. A prioridade é: móveis de design aconchegantes e funcionais”, afirma. O objetivo é incorporar uma atmosfera clean, harmoniosa e livre de desordem, enfatizando o aconchego e o conforto.

Na visão da arquiteta, os projetos arquitetônicos refletem o tempo presente. “E este tempo exige ‘manhãs conectadas’ e integradas com o natural, um aspecto essencial para a qualidade de vida”, conclui.

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Dicas práticas para aderir ao slow living

  • Design biofílico: este movimento enfatiza a conexão com a natureza. Para alcançá-la, incorpore plantas e elementos naturais à decoração, optando por cores terrosas, materiais orgânicos e aproveitando a luz natural.
  • Apelo tátil: invista em tecidos que incitem ao toque, como tapetes macios, almofadas confortáveis, sofás e poltronas aconchegantes, utilizando materiais como juta, algodão, barro, couro e lã. A proposta é promover a interação com o ambiente.
Sala de estar em tons beges, mesa redonda pequena de madeira, cadeiras de palhinha, luminária de palhinha e plantas.
Projeto de Isabela Nallon para CASACOR São Paulo 2023. (Rafael Renzo/CASACOR)
  • Móveis que contam histórias: priorizando o melhor acabamento, durabilidade e qualidade, o slow movement sugere peças artesanais e feitas à mão. A tendência valoriza a utilização de matérias-primas locais e produtos que carreguem histórias, valores e sustentabilidade.
  • Espaços arejados: os projetos inspirados no slow living costumam ser projetados com áreas voltadas para a contemplação. Priorizam-se ambientes espaçosos e arejados, criando espaços para descanso, leitura e contemplação.
    Paleta de cores: as cores são escolhidas para transmitir uma sensação de tranquilidade, evitando cores muito vibrantes.
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