10 Cores do Ano que representam a brasilidade
As cores do ano são muito marcantes pois refletem o contexto social, cultural e de consumo de uma época. Veja essa retrospectiva das cores do ano da Iquine.
A Cor do Ano revela muito do contexto de um certo momento. A cor escolhida dialoga não somente com as tendências de decoração especificamente, mas também considera o cenário cultural global, político, social e de consumo daquela época. Ou seja, olhar para uma sequência de cores do ano pode revelar muito sobre a história de uma marca e sua relação com o mundo. A Tintas Iquine, que celebra 50 anos este ano e é a maior indústria de tintas do Brasil com capital 100% nacional, possui um catálogo extenso de tonalidades que celebram, sobretudo a brasilidade.
As cores e nomenclaturas são inspiradas em elementos culturais tipicamente nacionais e regionais do Nordeste, região em que a marca surgiu e onde tem mais força. A ideia de batizar as paletas com nomes que representassem o Brasil veio do próprio Presidente do Conselho de Administração, Alan Souza, no momento que percebeu que a maioria das tintas no mercado tinham nomes estrangeiros ou genéricos.
“Percebi que eram sempre nomes como ‘Midnight’ e ‘Blue Sky’, mas queríamos que a Iquine tivesse algo que fosse genuinamente nosso”. Ele revela que sentou-se uma noite com as paletas de cor no chão do apartamento e começou o trabalho de nomear cada tom, baseando-se naquilo que eles lembravam, de praias até comidas.
A Gerente de Marketing e Inovação, Magaly Marinho, explica as razões e a importância de contemplar nossa cultura nas cores.
“O que faz o Brasil ser único é a diversidade que inspira a sua história e contribui para a definição da cultura. Ao integrar nuances que representam o país e suas regiões, a Iquine reforça um sentimento de pertencimento e celebra as riquezas culturais e naturais brasileiras. Através de suas cores, que possuem nomes de elementos da fauna, flora e cultura brasileira, a Iquine transmite o orgulho, o amor e o respeito que tem pela pluralidade do Brasil, fonte constante de inspiração”.
Confira aqui uma retrospectiva das cores do ano da última década:
2025 – Forró
O tom avermelhado profundo foi concebido considerando a necessidade de transformação, regeneração e segurança, em um mundo em constante mudança. Diante das dificuldades e instabilidade, a cor propõe um retorno à ancestralidade, com referências ao artesanato e aos elementos naturais elementares como a terra, a argila, o barro e a arquitetura vernacular.
A brasilidade também foi pilar na composição da tonalidade: ela lembra o vermelho do Pau-Brasil e também uma marca registrada da gastronomia nacional, o açaí.
Na decoração, o Forró promete criar ambientes acolhedores e marcantes, os quais, dependendo da paleta complementar, podem ser mais calorosos e sociais até mais intimistas e introspectivos.
2024 – Campo Belo
Nascido da união das duas cores mais icônicas do Brasil, o verde e o amarelo, o tom Campo Belo vem para trazer frescor e leveza. O amarelo em tonalidade mais suave do que Oxum e Canjica (ambas cores do ano anteriores) harmoniza-se muito bem com o verde das plantas, em sintonia com a tendência da biofilia na arquitetura e interiores.
2023 – Paquetá
Pensando na clareza e no bem-estar, tanto físico quanto mental – uma grande tendência na decoração, com os espaços de descompressão em alta – o tom azul foi a escolha para o ano. A cor é ideal para ambientes multifuncionais e é bastante versátil. Por ser tida como uma cor favorita por pessoas dos mais diversos gêneros, idades e nacionalidades, o azul evoca sentimentos de união e conexão.
2022 – Boi-Bumbá
Elemento clássico do folclore brasileiro, o Boi-Bumbá teve sua alegria e entusiasmo traduzidas no laranja-rosa. Entendendo que o laranja evoca sentimentos de empolgação e motivação na psicologia das cores, o tom foi escolhido para representar o momento de saída plena da pandemia e os novos planos e caminhos por vir. Na decoração, ela segue o retorno do maximalismo e ambientes em estilo boho.
2021 – Salvador
Pertencimento, orgulho e satisfação, esses foram os preceitos que guiaram a escolha do tom, todos muito necessários para construir a ideia de comunidade em um momento difícil, com a pandemia da Covid-19. Em diálogo com o tom Minas Gerais, a cor Salvador é uma tonalidade que se remete à argila e agrega sentimentos de conforto e aconchego.
2020 – Marajós
Como as águas de Marajó, o tom azul esverdeado confere frescor aos ambientes e levanta a conexão com a natureza como um ponto importante na decoração.
2019 – Oxum
Rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, representante da sabedoria e o poder feminino, a orixá Oxum é retratada com vestes amarelas que simbolizam o ouro e a prosperidade que traz consigo. A cor do ano de 2019 captura essa essência e a converte em um tom caloroso, perfeito para iluminar os espaços.
2018 – Maçaranduba
O tom intenso da madeira da árvore de mesmo nome foi traduzido nesta tonalidade. A cor profunda é intimista e quente. Sua estética que lembra a textura do veludo é perfeita para a criação de ambientes sofisticados.
2017 – Minas Gerais
Em alusão ao trabalho artesanal do estado, o tom marrom traz sobretons de vermelho e amarelo. Ela já sinalizava a tendência dos materiais naturais na decoração e o uso dos tons terrosos, que se tornou muito prevalente nos interiores até hoje.
2016 – Mafuá e Timbuí
Mafuá significa “parque de diversões” mas também é o nome popular da planta Parkia pendula, que possui flores arredondadas. Essa cor rosada traduz bem ambas as ideias, com um toque lúdico. Ela vem acompanhada do azul Timbuí e juntas representam o equilíbrio.
2015 – Baía do Sancho
Seguindo o momento dos tons roxos e rosas – a Pantone tinha elencado o rosa Orchid em 2014 e viria a nomear mais dois tons lilases nos próximos anos – a cor Baía do Sancho tem uma característica alegre e moderna, ótimas para referências aos anos 1980.
2014 – Canjica
Para quem não é do Nordeste, o nome “Canjica” para um tom amarelo pode gerar estranhamento. O que acontece é que a canjica dos pernambucanos – terra da Iquine – é o curau dos paulistas (como curiosidade, a canjica do Sudeste chama-se munguzá). Essa cor vibrante traz consigo bastante intensidade e energia.