Pisos coloridos de ladrilhos hidráulicos, cerâmicas e pastilhas
Verdade que colorir a base da casa é uma jogada de risco, quase um tabu. Mas o recurso pode trazer muita identidade ao projeto, como sugerem as soluções e os materiais desta reportagem
Ladrilho hidráulico
Passarela para a cor. A inserção no assoalho sobe pela parede e delimita a sala de jantar. Ao captar a disposição dos clientes, a arquiteta paulistana Ana Yoshida previu uma faixa em tons vibrantes entre o estar e a cozinha, recém-integrados. “Como elegemos padrões bem chamativos para o ladrilho hidráulico [coleção São João, criada pelo designer Marcelo Rosenbaum para a Brasil Imperial], o restante dos acabamentos é neutro”, explica.
Desenho tradicional. A geometria do modelo estrela (ref. C-E6) é das mais conhecidas entre os ladrilhos. Com 20 x 20 cm e 2 cm de espessura, sai por R$ 170 o m2, na Ornatos.
Relançamento. Novas cores e a possibilidade de variá-las na mesma peça marcam o padrão Raminho (20 x 20 cm e 1,8 cm de espessura). Por R$ 249 o m2, na Ladrilar.
Outra forma. Hexagonais, os exemplares do ladrilho com triângulos (15 x 17 cm e 1,4 cm de espessura) valem R$ 188 o m2, na Dalle Piagge.
Mosaico de vidro
Personalidade marcante. Com desenho exclusivo, o revestimento ganha ainda mais força. Diante da encomenda – uma composição geométrica para o piso da cozinha –, a arquiteta carioca Paula Neder se saiu bem com este padrão quadriculado. A empolgação da cliente aumentou, e o desenho foi espelhado para cobrir também a parede curva. A colocação das peças de 2 x 2 cm (Vidrotil) exigiu um mapa e uma maquete para guiar a montagem.
Apelo sustentável. As pastilhas da linha EcoFarbe (coleção Vitra) são de vidro reciclado. Há 40 tonalidades – aqui, a amarela (2,5 x 2,5 cm). Da Gail, a partir de R$ 71 o m2.
Cor massiva. A Colorblock, da Eliane, é indicada, sobretudo, para pisos de piscinas e boxes. A placa telada (30 x 30 cm e peças de 2,3 x 2,3 cm) em laranja block sai por R$ 27,64.
Mescla bacana. Peças (2 x 2 cm) de vidro discretamente côncavas marcam o mosaico telado Glass Bic, da linha Artesanal Mix. Com 33 x 33 cm, vale R$ 59,90. Da Portobello.
Cerâmica e porcelanato
De caso com o acaso. A disposição desencontrada atualiza o revestimento. Para mostrar que é possível customizar o espaço com um acabamento decorado, sem limitar a escolha dos móveis nem cansar os moradores, a grife italiana Ceramiche Refn desenvolveu a linha Frame-Up. As peças (40 x 40 cm) do modelo Emilia Tradition aliam paleta delicada à instalação casual.
Como patchwork. A tradição portuguesa originou o porcelanato Lisboa HD Mix, da coleção Lisboa, da Portinari. O exemplar de 60 x 60 cm custa, em média, R$ 39,90.
Jeito italiano. A Mais Revestimentos importa a linha Memory Liberty, de placas de 20 x 20 cm lisas (R$ 186 o m2) e decoradas (R$ 13,87 a unidade). Esta é a cor rouge.
Parece ladrilho. De 20 x 20 cm e com 55 estampas, a Cerâmica Hidráulica da Ibiza Acabamentos imita o cimentício, com apenas 6 mm de espessura. Por R$ 445 o m2.
Pastilha cerâmica
À moda antiga. Rústica e em formato gracioso, a miscelânea alegra o banheiro retrô. Aqui, valeu a nostalgia: o proprietário, um empresário e engenheiro civil, elegeu peças sextavadas (4 x 4 cm) em três tons naturais mesclados. Tudo para lembrar a infância no interior paulista. Da Mazza Cerâmica, o material ganhou destaque com o rejunte branquinho.
Vidro na superfície. Feitas de restos de lâmpadas, as peças (3 x 3 cm) da linha Ecopastilha Paper vêm em placas de 33 x 33 cm e cores sortidas. Por R$ 249,90 o m2, da Lepri.
Cacos prontos. Sobras da fábrica, quebradas e arredondadas nas bordas, compõem o Mosaicci Cotto, vendido solto em três tonalidades. Da Nina Martinelli, R$ 21 o m2.
Mistura forte. As pastilhas (1,5 x 1,5 cm) esmaltadas do mosaico Blend 12 SG7956, da coleção Revenda, prometem boa resistência. Cerca de R$ 210 o m2. Da Atlas.