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Madeira em 3 versões

Para você evitar dor de cabeça na escolha do piso de madeira, ouvimos os profissionais e selecionamos 18 opções de laminados, tacos e assoalhos, em três faixas de preço, incluindo instalação. Além dos valores, saiba quais os cuidados necessários para fazer um bom negócio.

Por Por Danilo Costa, Edson Medeiros e Joana L. Baracuhy Fotos: Luis Gomes
Atualizado em 20 dez 2016, 21h37 - Publicado em 14 ago 2008, 11h27

A experiência de quem é da área dita: “Procure um fornecedor idôneo, visite obras feitas pela empresa e solicite o certificado de origem da madeira”, diz o arquiteto paulista Marcio Moraes. “Atrele o colocador ao fornecedor, ou depois um empurra a responsabilidade para o outro e você não tem a quem reclamar”, alerta. No caso dos laminados, prefira as revendas licenciadas ou cadastradas pela Associação Brasileira da Indústria do Piso Laminado de Alta Resistência (Abiplar), que vem treinando empresas do ramo. Peça ao fornecedor que vá até a obra para medir com precisão o local, determinar a quantidade de material e o modo de colocação (na diagonal, em paralelo). Um orçamento prévio (ordem de serviço) deve discriminar tipo e características do produto, metragem e quantidade, prazos de entrega e de colocação, inclusão de acessórios (como rodapés) e itens de instalação (cola ou parafusos), como será o acabamento (raspagem e aplicação de resina), valor e forma de pagamento. “Esse documento tem valor legal e serve para eventuais reclamações”, fala a técnica Márcia Christina Oliveira, da Fundação Procon-SP.

Preços pesquisados em julho de 2008

Um título para uma foto sem titulo

 

ATÉ R$ 100

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CONTRAPISO

Se você não quer correr o risco de ver o piso que escolheu manchar, empenar ou se soltar, deve prestar atenção nesse cimentado forte que recobre e regulariza a laje. Ele é fundamental para quem pretende fixar a madeira diretamente nessa base ou instalar o laminado. Caso o contrapiso não esteja compacto, liso e livre de água, pode, em último caso, estragar o revestimento. O maior problema ocorre com os cimentados novos” que ainda não estão completamente secos e curados. “É preciso esperar uns dez dias antes de colocar o piso”, diz o engenheiro paulista Luiz Eduardo Lazzati. “Aguarde um dia para cada milímetro da espessura do contrapiso”, orienta Carlos Eduardo Mariotti, coordenador geral da Abiplar. Há empresas que mandam um técnico à obra para examinar a condição do contrapiso. Veja se o seu fornecedor oferece esse serviço.

 

LAMINADOS

Eles são uma boa alternativa para quem busca o efeito da madeira, praticidade e preços reduzidos. Essas réguas ou chapas trazem na superfície um papel melamínico que reproduz a textura e os padrões do material natural. São resistentes a riscos, fáceis de limpar ” no máximo um pano levemente úmido ” e dispensam a aplicação de resinas. Existem dois tipos: os f lutuantes com alta resistência (que têm um substrato de HPP ou HDF e ficam apoiados numa manta colocada sobre o contrapiso) e os de alta pressão, do tipo Formica, que são colados na base cimentada. Vão bem em reformas porque são pouco espessos (máximo de 9 mm) e podem até ser colocados sobre o piso existente (devidamente nivelado). Atenção à compra: “Desconfie das ofertas milagrosas”, diz Carlos Eduardo Mariotti, da Abiplar. “Há quem instale o produto original com acessórios de marcas diferentes, o que faz o cliente perder a garantia”, emenda. Além disso, alguns produtos estrangeiros testados pela entidade não alcançaram a qualidade mínima. “Em sua maioria são chineses”, explica Carlos Eduardo.

DE R$101 A 200

 

MADEIRAS MACIÇAS

Os assoalhos tiram partido dos grandes formatos e são compostos de réguas com encaixe macho-e-fêmea. As larguras ficam entre 6 e 13 cm e comprimentos de 0,30 a 2,14 m. A novidade dessa família são os pisos estruturados maciços. Eles combinam base de compensado com uma lâmina de madeira espessa na superfície, o que aumenta sua estabilidade dimensional em relação às peças totalmente maciças: “Menos suscetíveis à contração e à dilatação do que elas”, explica o engenheiro Ariel de Andrade, gerente executivo da Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM). “Em contrapartida, duram menos”, avalia. No segundo grupo aparecem os tacos, com inúmeras possibilidades de paginação e preços mais em conta. “Os tacos são aproveitados de madeiras que não tinham dimensões adequadas para virar assoalho”, justifica Ariel. Eles têm dimensões fixas, geralmente com largura e comprimento múltiplos. Os mais comuns medem 7 x 35 cm, 7 x 42 cm e 10 x 40 cm.

A PARTIR DE R$201

 

PISOS DE DEMOLIÇÃO

Eles vêm conquistando adeptos pelo visual rústico e pelo aspecto ecológico (são reaproveitados). Como estão na moda, acabam custando mais caro e exigem atenção redobrada na compra devido à quantidade de empresas que entraram para esse mercado. “Não é possível saber a procedência das peças. O risco é comprá-las como se fossem de demolição e ser outro tipo de madeira”, explica o designer de interiores Fábio Galeazzo, de São Paulo. Vale contatar fornecedores indicados, visitar obras e conhecer o trabalho das empresas. “O contrato precisa especificar a garantia do piso, principalmente no que diz respeito a cupins”, alerta Fábio.

 

INSTALAÇÃO

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Os pisos de demolição, assoalhos e tacos seguem regras semelhantes. Em geral, são encaixados e colados sobre o contrapiso nivelado e seco. Ao optar pelos assoalhos com réguas mais largas, entre 11 e 15 cm, será preciso parafusá-los no contrapiso e pregá-los nos encaixes. Quando as peças são ainda mais largas, entram em cena os barrotes. Após a colocação, os pisos que chegam crus à obra são calafetados os vãos entre as peças são preenchidos com massa acrílica. Por fim, eles passam pelos processos de secagem da cola, lixamento e recebem verniz ou resina. Nos pisos de demolição, recomenda-se cera especial de carnaúba para manter a naturalidade do revestimento. Na manutenção de todos os tipos, usam-se vassoura de pêlo, aspirador ou pano levemente umedecido, já que a água em excesso pode prejudicar a madeira.

 

 

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