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Santana: crescimento acelerado

No Alto de Santana, rota de acesso à serra da Cantareira, estão as torres de luxo. Mais perto do metrô, surgem condomínios-clube para a classe média

Por Da redação
Atualizado em 21 dez 2016, 00h13 - Publicado em 7 fev 2007, 13h21
santana

No início dos anos 1990, as construtoras da zona norte perceberam que muita gente por esses lados tinha dinheiro no bolso, mas não encontrava imóveis do jeito que queria. Esse público migrava para bairros como Pacaembu, Perdizes ou Jardins. O Alto de Santana passou, então, a receber prédios com quatro suítes, uma piscina por andar e 300 m² de área útil. E as ruas Pedro Doll, Doutor Guilherme Cristofell e Luísa Tolle se transformaram no reduto chique local, bem servido por hospitais e escolas. Em construção, o shopping Santana Park, que será inaugurado em outubro de 2007, já valoriza os edifícios residenciais na rua Conselheiro Moreira de Barros. A expansão também chega aos arredores do metrô e do Shopping Center Norte, área que entrou na mira das grandes construtoras de São Paulo após a desativação do Carandiru e inauguração do Parque da Juventude, em 2003. Lá, começam a surgir empreendimentos tipo condomínio-clube para a classe média. “A valorização só não é maior porque o prédio da Penitenciária Feminina, ao lado do parque, permaneceu em funcionamento”, considera Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Quem passa pelas avenidas de Santana não imagina que esse pedaço da zona norte só foi urbanizado no começo do século 20. Até então, faixas de terras alagadiças e o rio Tietê isolavam as fazendas do centro da cidade. O único transporte coletivo era o trenzinho da Cantareira, que levava os moradores até a serra. Uma história apagada pela fumaça dos ônibus enfileirados no Terminal Santana, um dos distritos mais bem servidos em transportes públicos na capital. A verticalização do bairro se deu rapidamente com inauguração da primeira linha de metrô, a norte-sul, em 1974. As construções do Centro de Exposição Anhembi e do Shopping Center Norte tornaram o lugar conhecido nacionalmente. Ao longo dos anos 1980, Santana liderava o ranking dos lançamentos imobiliários, ganhando do Morumbi. “Na época, a relação custo-qualidade de vida oferecida pelo bairro pesava bastante na decisão de morar lá”, observa Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). O bairro, topograficamente acima do nível da região central, oferecia ar mais puro e facilidade de acesso a preços cômodos.

Conquistada pela Cantareira Morando em Santana desde 1997, Vanessa Losso confessa que não era apaixonada pelo bairro. “Apesar de o metrô facilitar a minha vida, não achava um local bonito para se viver”, conta. Até descobrir que é próximo da Serra da Cantareira. “Fiquei fã. Passo vários finais de semana por lá.” Ela comenta que Santana não participa do racionamento de água, pois é abastecida pela serra. “Também não temos rodízio de carro. Ficamos fora do centro expandido”, comemora. Os moradores de Santana usufruem do ar mais puro da zona norte e de boa infra-estrutura de comércio, serviços e lazer. Até pouco tempo o principal pólo de diversão da região, Santana concentra famílias de classe média e média-alta que, embora não abram mão de morar do lado de lá do Tietê, gostam das facilidades do modo de vida urbano. Os passeios pelo Horto Florestal são programas apreciados, e as famílias mais tradicionais gostam de passar os fins de semana em sítios e chácaras nas proximidades da Cantareira.

Positivos

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Abundância de transporte público

Boa oferta de hospitais, escolas e lazer

Proximidade de grandes áreas verdes, como a Serra da Cantareira e do Horto Florestal

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Negativo

Trânsito intenso nas avenidas de comércio

 

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