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Paraíso: verde e agitado

Numa ponta, o Parque Ibirapuera. Na outra, a Av. Paulista. O bairro agrada quem gosta de ar livre, mas não abdica da agitação urbana

Por Da redação
Atualizado em 14 dez 2016, 12h26 - Publicado em 25 nov 2006, 12h35

O Parque Ibirapuera é o xodó de quem mora no Paraíso, programa ideal para a família nos finais de semana. De segunda a sexta, o espaço verde de 1.584.000 m² é cenário perfeito para caminhadas e corridas. Entre essa grande área verde e a rua Tutóia, perímetro que conserva muitas casas, o bairro mantém o clima bem interiorano. No meio da tarde, ambulantes oferecem pamonhas fresquinhas e o afiador de facas anuncia seus serviços com a gaitinha afinada. Não muito longe, a avenida Vinte e Três de Maio pulsa com intensidade, facilitando os acessos. Para suprir as necessidades de compras, serviços e lazer cultural, o morador dessas redondezas contam a sempre agitada avenida Paulista com os jardins da Casa das Rosas, o descoladíssimo Itaú Cultural e o Shopping Paulista. Os bons hospitais e a fartura de transportes são outros atrativos. Dá para encontrar apartamentos antigos espaçosos, e a oferta de novos é variada. Há, por exemplo, bons imóveis de um dormitório com espaço para escritório integrado. Mas a maior parte das torres que surgem é de 4 dormitórios. “Como não há mais espaço para expansão nos Jardins, já bastante verticalizado, o bairro começa a emprestar sua nobreza para a região vizinha”, analisa Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Positivos Proximidade do Parque do Ibirapuera

Fartura de serviços e comércio

Transporte público

Negativos

Barulho nas ruas movimentadas

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Falta pronto-socorro público

Poluição nas avenidas

Sem abrir mão de nada

O produtor de desfiles Rogério Cecacci elogia a facilidade de acesso, a cercania do Parque Ibirapuera e dos cinemas da Paulista. “Também não abro mão de imóveis com grandes janelas e pé- direito alto, mais fáceis de encontrar por aqui”, diz o morador de um espaçoso um-dormitório com escritório anexo à sala. O prédio é antigo e já foi assaltado porque não tem porteiro.

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Como no interior

A jornalista Patrícia Patrício gosta de fazer cooper no Parque Ibirapura ao longo da semana e de frequentar a feira da rua Tutóia: “Lá eu degusto a deliciosa tapioca de Noca, peço a Nalva para moer na hora pimenta e outros temperos que usarei no almoço, e Ricardo me reserva os legumes mais bonitos a R$ 0,50 na xepa”, conta. Seu sonho, como o de muitos paulistanos, é morar numa casinha de vila. “Elas existem aqui, mas quem está dentro não sai”.

Nos finais de semana, famílias inteiras gostam de passear pelo Parque do Ibirapuera. Próximo aos prédios do MAM e da Oca, alguns alugam bicicletas, ou fazem caminhadas. A marquise projetada por Oscar Niemeyer é tomada por adolescentes com skates e patins. E, nos arredores, jovens tomam sol de biquíni e bermuda. “Isto aqui é a praia do paulista”, comenta uma turista. Durante a semana, ao lado dos frequentadores da pista de cooper, a presença massiva da terceira idade confirma a estatística: o distrito Vila Mariana está entre os com com maior concentração de idosos da cidade. Mas muitos procuram o bairro pela possibilidade de morar próximo do trabalho, da escola dos filhos e de áreas de lazer. É o caso da jornalista Nanci Pittelkow: “Não moraria em outro bairro, pois quero aproveitar o pouco tempo livre com a família”.

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