Neste apê, estante metálica branca é divisória e floreira para jiboias e costelas-de-adão
O escritório Península Arquitetura assina o projeto de 200 m² no bairro Higienópolis, em São Paulo. A ilha de concreto aparente na cozinha é um destaque.
A busca por um imóvel que reunisse luz natural, generosos espaços livres e personalidade levou o arquiteto José Guilherme Carceles e a designer de moda Gaia Savastano a visitar mais de 100 endereços até encontrarem, em Higienópolis (SP), o apartamento ideal: 200 m², pé-direito alto e estrutura antiga — exatamente como desejavam para iniciar a vida a dois sob o mesmo teto.
A reforma ficou a cargo dos próprios moradores, do escritório Península Arquitetura. Guilherme, sócio do escritório, é o responsável pelos projetos de arquitetura, enquanto Gaia assina os interiores e a decoração. Desde o início, o objetivo era criar um lar funcional e acolhedor, com atmosfera leve e voltada à convivência.
Uma das primeiras decisões foi demolir o antigo lavabo que separava a cozinha da sala de jantar, ampliando a integração e permitindo maior entrada de luz natural. No mesmo sentido, foi aberta uma janela redonda na lateral da área de estar, com o objetivo de levar luz natural até o hall de entrada.
As paredes que delimitavam a cozinha também foram substituídas por uma estante metálica branca com prateleiras de madeira, que separa sutilmente o ambiente do hall social e serve de suporte para plantas como jiboias e costelas-de-adão. No eixo da estante, uma floreira conectada à rede de esgoto permite irrigação contínua, sem risco de excessos.
A área social foi cuidadosamente planejada para receber bem, com destaque para a ilha de concreto aparente, ponto de encontro entre cozinha e sala de jantar. O mobiliário assinado por grandes nomes do design brasileiro reforça a identidade da casa e traduz o olhar apurado dos moradores, que trouxeram boa parte das peças de seu acervo pessoal.
Em destaque, a mesa de jantar Dinn, de Jader Almeida, posicionada diante dos painéis de jacarandá dos anos 1960 herdados da avó paterna de Guilherme. Completam o ambiente a icônica poltrona Mole e as cadeiras Oscar, de Sergio Rodrigues, o sofá verde C113, da Carbono Design, a luminária Araucária, de Mauricio Arruda, a mesa de centro de Isamu Noguchi, da Desmobilia, e o sofá branco Fofo, do Studio Lider.
A materialidade do projeto aposta na combinação harmoniosa de superfícies e texturas que reforçam a atmosfera serena do apartamento. O piso de tábuas de cumaru percorre todos os ambientes, exceto a cozinha, com ladrilho hidráulico, e os banheiros, revestidos em porcelanato cinza. Na sala de estar, uma parede com réguas de concreto adiciona textura, enquanto os painéis de jacarandá valorizam a área de jantar.
Já no quarto do casal, o armário com portas de talagarça, criado pelo arquiteto, dialoga com a parede de tijolinhos brancos, reforçando a sensação de aconchego — resultado potencializado pela iluminação indireta cuidadosamente planejada.
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