Esta casa de praia une simplicidade e praticidade
A construção deste refúgio no litoral fluminense aproveitou a implantação de duas casinhas que existiam no terreno.
Há mais de três décadas, a bióloga paulistana frequenta esta porção do litoral sul fluminense. Desde a adolescência, é para cá que eu venho quando quero relaxar e me conectar com a natureza, conta. Em 2004, ela, o marido e os dois filhos resolveram que era hora de ter o próprio refúgio em uma das praias da região. Assim, ao longo de dois anos, o casal garimpou um terreno até encontrar esta gleba à beira-mar, emoldurada em um trecho generoso de mata Atlântica. Eles não tiveram dúvidas: bateram o martelo.
Ao ser arrematado, o terreno já abrigava duas construções caiçaras. Por respeito ao local, decidimos mantê-lo do jeito que encontramos, conta a proprietária. Assim, a casa maior passou a servir de abrigo improvisado para a família. Mas, com o tempo, a falta de conforto começou a incomodar e o casal convocou a arquiteta Íris Carneiro, que derrubou as duas construções e aproveitou a implantação para erguer apenas uma. Para chegar a esse resultado, a obra demandou organização e estratégia. O terreno está situado num lugar recôndito, cujo acesso é feito apenas pelo mar. Assim, o material primeiro vencia de caminhão a estrada de terra até uma praia próxima, onde era carregado no braço dos operários para o barco. Só então chegava à obra. Racionalizamos ao máximo a escolha dos materiais, conta a arquiteta. Utilizamos madeira, que é fácil de transportar, e blocos de concreto celular para vedar as paredes, pois dispensam o uso da areia.
O esforço valeu a pena. Aqui é nosso santuário, diz a proprietária.