Era para ser provisório
O chalé acomodaria a família nos finais de semana enquanto a casa de campo estivesse sendo erguida. Mas acabou virando a obra principal

Por que esta casa é econômica: mão-de-obra com preço fechado, estrutura de eucalipto, piso de cimento queimado
Projeto: Olivier Perroy e Lena Cintra

O plano era grandioso: fazer uma casa espaçosa no terreno de Campos de Jordão, SP. Para acompanhar a construção de perto, os proprietários, que moram em São Paulo, começaram a montar um pequeno chalé para os finais de semana. Chegaram até a estrutura (de eucalipto) – momento em que a compra de uma moradia nova, na capital paulista, alterou os planos. Com menos dinheiro para investir no refúgio da montanha, o jeito foi completar a casinha e ficar só com ela. O arquiteto Olivier Perroy e a decoradora Lena Cintra se dedicaram a deixá-la confortável. Selecionaram tijolos de primeira, que pudessem ficar aparentes, colocaram costaneiras (traves rústicas de madeira) em algumas paredes e incrementaram com tábuas o já programado piso de cimento. Em seis meses, tudo estava pronto. No local onde ergueriam o projeto maior, os moradores fizeram um quiosque com churrasqueira e pia. O que restou do dinheiro foi usado para contratar uma paisagista.
Pontos de economia:
Mão-de-obra com preço fechado: contratar os pedreiros por empreita é melhor do que combinar diárias.Mesmo que a obra atrase (devido a chuva, falta de parte de material ou outros contratempos), você não paga mais.
Estrutura de eucalipto rústico: a madeira chegou pré-cortada e, como sua montagem seria rápida e fácil, os trabalhadores cobraram menos pela tarefa.
Paredes internas só com massa grossa: dispensar a massa fina também significou menos gastos.
Piso de cimento queimado: a receita do empreiteiro foi usada na casa toda, com exceção do banheiro, que tem cerâmica.