Minha morada
“Uma casa toda branca, sem objetos com história para contar, me deixa infeliz. Sou fã de antiquários, da feira da praça 15 no Rio, e adoro dar cara nova ao que é antigo. A mistura de épocas me acolhe”, diz a designer Fabiana Pomposelli. Por tudo isso, o estilo retrô lhe cai tão bem. Especialmente no jeito de decorar o apartamento, na Gávea, que divide com o marido, Marcos, e o filho, Lucas. Detalhes, estampas e cores são seu forte. “Andava com a escala Pantone na bolsa até bem pouco tempo atrás. Estou sempre associando o que vejo na rua com um novo tom para a casa ou para o ateliê”, conta. Pérolas foram outra inspiração simultânea. Numa das coleções que criou, apareceram em almofadas bordadas e móbiles. “Me sinto bem admirando aquilo que está a minha volta. Olhar herdado da minha mãe, formada em belas-artes.”
Minha loja
Capricho e sensibilidade Fabiana tem de sobra. Ciosa de suas coisas, foi bordando para si uma difícil decisão. Levou um ano para ganhar coragem e trocar a carreira de diretora de criação publicitária por um sonho. “Quando pedi demissão, estava lendo A Arte da Felicidade, do dalai-lama, e ele dizia: ‘Enquanto você não fizer seu próprio movimento, o mundo não mudará’. Era a senha de que precisava. No fundo, queria expandir meu prazer de criar e encher a casa de flores e coisas bonitas para outras pessoas”, conta. Estabelecido no Jardim Botânico, o Atelier Clementtina (com dois tês para trazer boas vibrações, segundo a numerologia) fez essa extensão. Quem entra lá percebe como tudo é feito com amor. E não demora para se sentir próximo da dona, que logo convida para um bolo com chá, como se estivesse em casa.