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Concreto, vidro e madeira protagonizam a construção de casa em BH

A presença do concreto aparente, dosada com materiais como vidro, travertino e madeira, define esta casa em Belo Horizonte, erguida no terreno de apenas 15 x 30 m.

Por Reportagem: Danilo Costa (texto) e Eliana Medina (visual)
Atualizado em 14 dez 2016, 11h42 - Publicado em 13 fev 2012, 10h20

Há quem diga que um dos maiores desafios do arquiteto é projetar e construir a própria moradia. Imagine então tal expectativa em dose dupla: o casal de proprietários desta casa compartilha a mesma profissão. “Tudo aconteceu tranquilamente porque tínhamos o programa muito bem definido desde o início”, revela Tomás Anastasia Rebelo Horta, marido e sócio de Johanna Anastasia Cardoso. “Nossos filhos, de 7 e de 3 anos, mereciam um lugar ao ar livre para brincar. Por isso, começamos a desenhar a planta pela área externa”, explica. Para aproveitar bem o terreno de 15 x 30 m, a construção de 370 m2 está encostada nas laterais do lote (de acordo com as normas da prefeitura) e próxima da rua. Sem corredores nem paredes excessivas, os ambientes internos se misturam aos externos para aumentar a sensação de amplitude, reforçada pela projeção de uma laje em balanço (sem pilares) e pelos vãos livres. Grandes portas pivotantes e de correr nas fachadas frontal e dos fundos espalham luz e ventilação por todos os cantos. A luminosidade natural também vem dos painéis de vidro que fecham boa parte da casa.

Mais do que garantir ambientes fluidos e espaçosos, os arquitetos incluíram algumas medidas sustentáveis no projeto. Ao construir uma moradia compacta, considerando-se o tamanho do terreno, eles conseguiram manter 40% de área permeável e aumentaram a drenagem da chuva. Na cobertura, coletores solares aquecem a água da piscina e dos banheiros. Outra preocupação constante foi cumprir o orçamento sem interferir na qualidade dos materiais e da execução. “O gasto com acabamentos a gente até consegue mudar. Comparamos preços e optamos pelos produtos de melhor custo/benefício”, explica o morador. Já no quesito mão de obra, segundo ele, não valeria a pena economizar. “Inicialmente, pensamos em tocar a empreitada nós mesmos, mas contratamos uma construtora, pois é mais fácil cobrar os serviços de uma única empresa”, completa. Com tantos olhos checando a execução, não houve contratempos. Após um ano de obra estava tudo pronto para receber os amigos: “Somos festeiros. E, como a casa fica pertinho do centro da cidade, todo mundo dá sempre uma passadinha por aqui”.

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