Colorido na serra
O projeto no interior paulista apostou em tons alegres e acabamentos rústicos como forma de criar um refúgio acolhedor para um casal e sua filha
Com 120 m², o projeto foi concluído em cinco meses com o auxílio de mão-de-obra local e de uma planilha de gastos bem definida
“Não queríamos uma casa de campo com cores comportadas”, conta a administradora Cláudia Sampaio. Em 2001, ela e o marido, Rubens, decidiram pôr de pé seu refúgio em Caçapava, a 110 km da capital paulista. “Como o sonho era grande e o dinheiro, curto, primeiro pensamos numa pré-fabricada”, diz Cláudia. Mas, após uma conversa com sua irmã, a arquiteta Renata Semin, surgiram planos de uma construção de alvenaria. Antes de bater o martelo, a família pediu referências sobre um mestre-de-obras local, conheceu seus trabalhos e seu preço. Pôs tudo na ponta do lápis, considerando o projeto de Renata – ele prima pela simplicidade, sem abrir mão de bons materiais e qualidade estética. Chegou-se ao valor atualizado de R$ 783 o m², abaixo do Índice A&C para uma construção de tal padrão. Em cinco meses já se via, no alto da montanha, a casa azul e vermelha com quatro portas-balcão que se abrem para um pôr-do-sol cinematográfico.
Lições de economia
Projeto: o desenho, descomplicado, foi um presente oferecido aos donos da casa, que se livraram de desembolsar entre 10 e 15% do orçamento.
Mão-de-obra: sob a supervisão da arquiteta, experientes profissionais da região tocaram a obra. Acabamentos: são rústicos, como o cimento queimado com pigmento vermelho no piso e as paredes sem massa corrida.
Instalações: entre as medidas que permitiram fazer uso racional dos materiais está a localização dos banheiros, próxima ao aquecedor para encurtar a tubulação. Outros dutos correm sob o piso de pedriscos que margeia a casa, maneira de facilitar a construção e a manutenção.