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Casa no interior paulista combate a alta temperatura

O sobrado de 127 m² no interior paulista prima por ambientes arejados

Por Texto Luisa Cella | Ilustrações e infografia Luciana Soga e Maurelio+Dugaich+Bresser imagens
Atualizado em 14 dez 2016, 11h33 - Publicado em 15 jan 2015, 20h39
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Este projeto em Sorocaba, SP, prova que fugir da mesmice pode render bons frutos. “Apostar no design foi uma decisão estratégica do nosso cliente, um investidor que queria vender a unidade com rapidez”, conta o arquiteto Rodrigo Maçonilio, do Estudio BRA Arquitetura, autor da obra em parceria com o sócio, André Di Gregorio. Em busca do minimalismo, a dupla adotou linhas puras e o branco como cor predominante. “Brincamos que a casa parece uma minigaleria de arte. Qualquer objeto pendurado ali se destaca por causa do tom neutro e da luz natural abundante”, fala André. São 127 m² distribuídos entre áreas de convívio no térreo e privativas no andar superior. Este avança em direção à rua e ao recuo lateral, o que, além de marcar a estética do conjunto, protege os ambientes do piso inferior contra a insolação. O terreno de 154 m² preserva, ainda, amplo trecho permeável, ponto decisivo para um casal de jovens na faixa dos 30 anos decidir arrematar a residência. Dois meses após o término da obra, o negócio foi fechado.

ILUMINAÇÃO NATURAL E TÉRREO LIVRE

Entenda as soluções que controlam o calor e a luminosidade, além de integrar com equilíbrio o interior ao exterior

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1. FACHADA

Painéis ripados pintados de branco se destacam nas portas-camarão (1,50 x 2,50 m), que cerram a varanda da suíte e as janelas dos dormitórios. A solução mantém os ambientes ventilados sem perder a privacidade e dribla as temperaturas elevadas que atingem a região em grande parte do ano. O material marcante reaparece como fechamento da lateral do andar superior.

2 COBERTURA

Acessada pelas janelas marinheiro, a laje foi impermeabilizada com poliuretano e recebeu uma camada de argila expandida, garantia de conforto térmico no interior. Três placas fotovoltaicas atendem aos banheiros dos quartos.

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3. ZONA VERDE

Na contramão dos vizinhos, um dos destaques do projeto é a valorização das áreas permeáveis. No canteiro lateral de 50 cm, plantaram-se altas mudas de tumbérgia. Já no jardim dos fundos, de 2 x 6,60 m, coube até uma jabuticabeira.

4. CAMINHO LIVRE

Quando abertas, seis folhas de correr criam um vão de 2,50 x 6,45 m, capaz de integrar a sala e a cozinha ao recuo lateral de 3 m. Suas lâminas de vidro temperado (10 mm) encaixam-se em trilhos embutidos, sem caixilhos. No piso superior, a circulação se beneficia de luz natural constantemente graças às duas janelas marinheiro (70 x 80 cm) que se abrem para a laje e estão posicionadas nos extremos do corredor.

5. ESTRUTURA 

Para sustentar o volume em balanço e permitir o vão de 6,45 m no térreo, usou-se uma viga de borda de 14 m. Ela transmite a carga para sete pilares (três de 20 x 40 cm na fachada lateral em balanço e, do lado oposto, quatro de 20 x 30 cm). A fundação conta com sapatas de concreto armado.

6. REVESTIMENTO DO PISO

O living, a cozinha, a escada e o corredor do pavimento superior foram revestidos de granilite. Os quartos receberam laminado, e os banheiros, porcelanato. Elegeu-se o concreto polido nas áreas externas.

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QUANTO CUSTOU

 

Projeto arquitetônico: R$ 12 mil (visitas à parte)

Projeto estrutural: R$ 3 mil

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Materiais: R$ 124 mil

Mão de obra: R$ 70 mil

Duração: DEZ MESES

TOTAL: R$ 209 MIL

 

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