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Casa no campo une arquitetura sustentável e integração com a natureza

O projeto investe em matérias-primas naturais, mínima interferência no terreno, conforto térmico e autonomia na geração de energia

Por Marianna Gualter
Atualizado em 17 fev 2020, 16h09 - Publicado em 18 abr 2019, 16h30

Rodeada por um labirinto de montanhas em Catuçaba, interior de São Paulo, esta casa é ímpar de todos os pontos de vista. Construída sobre a premissa de tornar o consumo energético eficiente e ao mesmo tempo oferecer conforto ao usuário, a residência atinge esses valores usando como base a simplicidade e a natureza local. O projeto do Studio MK27 tem autoria do arquiteto Marcio Kogan e co-autoria do arquiteto Lair Reis.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

Cerca de 1.500 m acima do nível do mar, a construção de 309 m² está localizada em um terreno acidentado. A fim de reduzir a interferência na área, a estrutura pré-fabricada, feita em madeira certificada pelo selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC), não toca diretamente o solo: 16 pilares de tubulões de concreto mantêm a casa suspensa.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

Janelas do chão ao teto se abrem para os extensos terraços e o controle de luz solar é feito com telas de eucaliptos que percorrem toda a largura do imóvel. No interior da residência, o piso é de tijolo maciço, a matéria-prima é terra do próprio terreno – o elemento também é usado nos muros laterais de adobe, que delimitam o espaço da casa.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)
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(Fernando Guerra)

As divisórias entre os cômodos são feitas de wood frame e têm isolamento de lã de PET reciclado, o material é ambientalmente correto, assim como o impermeabilizante de água usado nos banheiros.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

O conforto térmico é garantido pelas soluções adotadas durante a construção. No calor, o alinhamento das aberturas promove a circulação cruzada de ar. No frio, o recheio isolante das divisórias e as esquadrias com vidro duplo asseguram a temperatura agradável. Já nos dias mais gelados, as salamandras à lenha entram em ação.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

Um dos charmes da casa está na cobertura, a plataforma de madeira foi coberta com vegetação. O recurso integra o imóvel ao entorno recompondo a área de terreno sombreada por ele. O local também abriga placas solares térmicas e fotovoltaicas.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

Isolada em uma área agrícola, a construção não tem acesso às redes tradicionais de abastecimento. A energia é gerada por placas solares e uma turbina eólica que completa o sistema. A produção de ambas as fontes é armazenada em baterias localizadas sob a casa. É também abaixo dela que ocorre o tratamento de esgoto, feito sem uso de produtos químicos. Sistemas integrados para coletar a chuva e tratar águas residuais ajudam a irrigar o jardim, os moradores obtêm água potável de uma nascente próxima.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

O projeto leva afinco o ideal de materializar a sustentabilidade não só através de iniciativas técnicas, mas também na integração com o contexto do entorno. A construção foi certificada pelo Green Building Council Brasil no nível Platina, o mais alto da certificação.

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(Fernando Guerra/Casa.com.br)
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(Fernando Guerra/Casa.com.br)
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(Fernando Guerra/Casa.com.br)

 

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