Casa na Bahia utiliza madeira e técnicas de carpintaria
No sul da Bahia, a tradição da carpintaria dá origem a projetos nos quais o material orgânico é a grande atração
Para que a construção suporte o clima litorâneo, é preciso planejamento. “Primeiro, cuidado ao escolher as espécies. Vale destinar as bem secas para uso na vertical, posição em que resistem melhor, especialmente se protegidas por um beiral”, ensina o arquiteto Daniel Fromer, autor deste projeto e sócio do escritório paulistano Studio Casa 4. Com exceção da cobertura, mantida crua, as madeiras receberam aplicação de Osmocolor Stain, da Montana Química (que, nesse ambiente, pede reaplicação quando a superfície desbotar, de três a cinco anos depois).
– Guajará no telhado: feitas de matéria-prima certificada, as taubilhas chegam vermelhas da fábrica e, sem tratamento, ficam cinzentas com o passar do tempo. O formato sutilmente irregular reforça a rusticidade do projeto.
– Peroba no paredão: posicionadas na vertical, as réguas de material de demolição (14 cm de largura) amparam-se em caibros horizontais a cada 60 cm e têm encaixe do tipo cadeirinha, que confere firmeza ao conjunto.
– Ipê no deck: o caminho ao redor da construção usa tábuas de madeira também proveniente de demolição. Faz-se a manutenção conforme a necessidade – locais que recebem muito sol são tratados mais vezes do que os que permanecem à sombra.