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Casa medieval na Itália entre oliveiras, muralhas e boa comida

Nossa fotógrafa registrou as férias da família numa construção medieval renovada entre oliveiras, muralhas e muita comida boa

Por Joana L. Baracuhy Fotos Cacá Bratke
Atualizado em 14 dez 2016, 11h33 - Publicado em 7 jan 2014, 16h28

 

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Para a paulistana Cacá Bratke, visitar a Itália tem sempre um gostinho especial. Mas nada de percorrer cartões postais repletos de turistas. Casada com um nativo da Campanha, ela já conhecia muito bem a nação da pizza, das lambretas e das águas profundamente azuis do Mediterrâneo. Ainda faltava, porém, uma experiência autêntica, com boas pitadas de história. E, com o casal de filhos pequenos, precisava encontrar um meio de usufruir as belezas daquela terra garantindo boas porções de diversão infantil.

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Uma alternativa aparentemente inusitada para as férias surgiu numa conversa com dois casais de amigos, cada qual com duas crianças também. A curiosidade específica de um deles pelos vinhos primitivos da Apúlia (ou Puglia, no idioma original), o lugar identificado popularmente no mapa como o “salto da bota”, levou-os a pesquisar e encontrar a masseria reformada pelo arquiteto Cosimo Mino D’Astore quatro anos antes. 

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Típico dessa península no sudeste do país, o termo designa as antigas fortificações agrícolas. Atualmente, um bom número delas vem sendo recuperado e convertido em hotéis de charme ou restaurantes. Mais ou menos o que ocorreu na construção que acolheu o grupo ítalo-brasileiro por uma semana durante o verão europeu de 2013: ela passou por um restauro para servir à hospedagem e é superpreparada para aventuras culinárias.

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Localizada a cinco minutos da pequena cidade de Mesagne, a propriedade erguida em 1500 amargou meio século de abandono até ser comprada por um casal que vive nos Estados Unidos, um americano e uma italiana das redondezas. Após extensa empreitada (foram dois anos de obra), a base medieval e os acréscimos mouriscos e neoclássicos sobressaíram, e a casa, enfim, teve seu frescor renovado. 

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Planejando alugá-la por temporada, os donos capricharam nos interiores e mesclaram a solidez de outros tempos a comodidades de agora: sistema de som embutido e ar-condicionado, além de serviço de camareiras e chef (que prepara a domicílio pratos da famosa cucina povera, feita com o que existe à mão). Toda sorte de vegetais, frutos do mar e queijos, especialidades da região situada entre o mar e a montanha, está disponível em mercadinhos próximos. 

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Foi justamente esse conjunto raro de beleza e conforto, somado aos sabores locais, que cativou as três famílias de visitantes e inspirou a colaboradora de ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO a fazer este registro fotográfico tão pessoal. As imagens da reportagem traduzem um pouco de sua mais recente incursão em solo italiano, bem italiano.

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1) A fim de acomodar os senhores de terras, dois quartos, um banheiro e uma sala surgiram nos anos 1700. O terraço anexo oferece uma vista esplendorosa do campo. 2) O novo proprietário, nadador convicto, encomendou a raia de 25 m, composta de pedras locais e equipada com iluminação. 3) Datado de 1500, este é o trecho mais velho da Villa Pizzorusso, assim como o que se localiza no canto do terreno, com mais dois quartos. 4) Entre laranjeiras e limoeiros, ainda restam de pé alguma santigas colunas romanas.

 

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